terça-feira, 30 de abril de 2013

Daniel, José Daniel e Gustavo: os novos diáconos para a Santa Igreja


“A Igreja está jubilosa por estes filhos que se entregam hoje à vida sacerdotal”. Com estas palavras, Dom Manoel Delson deu início à Concelebração Eucarística onde foram ordenados diáconos os seminaristas José Daniel, Daniel Linhares e Gustavo Ferreira. A Concelebração aconteceu na noite desta segunda-feira (29) na Capela do Seminário Diocesano, que ficou lotada.
Diante dos olhos de toda comunidade reunida, tanto de Campina Grande como dos demais zonais que vieram em caravanas, os seminaristas responderam aos questionamentos do Bispo Diocesano, confirmando a decisão da entrega ao serviço à Deus e à Santa Igreja. Prostrados no chão, os jovens, prestes a serem ordenados, ouviram toda a assembleia cantar a Ladainha de todos os santos. Em seguida aconteceu a imposição das mãos e a prece de ordenação, feitas pelo Bispo. Então os já ordenados diáconos receberam o Livro dos Evangelhos e as vestes.
Dom Delson explicou que o diaconato é serviço e que o Bispo, como diácono que é, deve ser o primeiro a servir. Ele enfatizou em suas palavras alguns ensinamentos aos recém ordenados sobre o serviço, a oração e o celibato. “O celibato é o sinal da entrega total a Deus, é um gesto de coragem, de generosidade”, disse o Bispo. Ele falou que toda a força necessária para enfrentar os desafios de quem se entrega ao Sacramento da Ordem é a vida de oração. “Com a vida entregue a Deus, à oração, vocês não sentirão falta de nada e este é o grande desafio do nosso tempo”, concluiu.
No final da concelebração, Dom Delson disse que os diáconos contam com as orações e a amizade de toda comunidade diocesana. José Daniel fez os agradecimentos a Deus, ao Bispo, aos padres formadores, todo clero e a todos que os acompanharam na caminhada com ajuda material e espiritual.

A MISSÃO:

O Bispo entregou o Certificado de Ordenação e as primeiras provisões para os recém-ordenados. Veja onde os diáconos exercerão seu ministério até a Ordenação Presbiteral:

Daniel Linhares - Paróquia de Nossa Senhora do Livramento - Umbuzeiro
José Daniel - Paróquia de São José - Juazeirinho
Gustavo Ferreira - Paróquia de Nossa Senhora do Rosário – Aroeiras

Pascom Diocesana

quinta-feira, 25 de abril de 2013

Seminaristas serão ordenados Diáconos na próxima segunda, dia 29


Na próxima segunda-feira, dia 29, a Diocese de Campina Grande acolherá mais 3 diáconos. Os seminaristas Daniel Linhares, José Daniel e Gustavo Ferreira serão ordenados por Dom Manoel Delson em concelebração no Seminário Diocesano às 19h30.
Gustavo é natural de Monteiro e nasceu no dia 23 de abril de 1986. Como seminarista, estagiou nas Paróquias Serra Branca, Esperança e Aroeiras, onde está atualmente. Daniel Linhares nasceu em Campina Grande no dia 22 de setembro de 1983. Estagiou nas Paróquias Serra Branca, Lagoa de Roça e hoje está na Paróquia de Santo Antônio e presta auxílio ao Bispo Diocesano. José Daniel nasceu em 10 de maio de 1984 na cidade de Cuité. Como estagiário, esteve nas paróquias de São João do Cariri e Barra de Santana e hoje está em Juazeirinho.
O seminarista Gustavo, fala da expectativa a menos de uma semana da ordenação. “Expectativa e muita ansiedade, ao mesmo tempo alegria por estarmos concluindo uma etapa da formação e começando uma nova etapa na vida, no serviço à Igreja diocesana”, disse.
O Catecismo da Igreja Católica ensina que os diáconos participam de modo especial na missão e graça de Cristo. São marcados pelo sacramento da Ordem com um sinal que ninguém poder apagar e que os configura a Cristo, que se fez "diácono", isto é, servidor de todos. Cabe aos diáconos, entre outros serviços, assistir o Bispo e os padres na celebração dos divinos mistérios, sobre tudo a Eucaristia, distribuir a Comunhão, assistir ao Matrimônio e abençoá-lo, proclamar o Evangelho epregar, presidir o funerais e consagrar-se aos diversos serviços da caridade.

Pascom Diocesana

“31 devoções e festas à Nossa Senhora”: livreto de Dom Luís para celebrações no mês de maio


Durante o mês de maio, os católicos dedicam suas orações à poderosa intercessão da Virgem Maria. Terços, novenas e a tradicional coroação acontecem em todas as comunidades da diocese, fortalecendo a crença na mãe do Salvador.
Para manter viva e fortalecer ainda mais a tradição do mês mariano, está sendo vendido na Cúria Diocesana o livreto “31 Devoções e Festas à Nossa Senhora”. O material foi elaborado, inicialmente, por Dom Luís Gonzaga à frente desta diocese. Revisado, ele conta com roteiro de celebração e, para cada dia do mês, uma devoção diferente a Nossa Senhora. São 31 celebrações para serem feitas nas ruas, nas comunidades, nos grupos diversos que queiram festejar e prestar homenagens à Rainha do Céu.
O livreto está à venda pelo valor simbólico de R$ 2,00 (dois reais) e pode ser adquirido na Cúria Diocesana (rua Afonso Campos, por trás da Catedral) de segunda a sexta, das 8h às 12h e das 14h às 17h. No sábado, a Cúria funciona das 8h às 12h.

Pascom Diocesana

Em maio, a Comissão para a Liturgia volta com as publicações “Liturgia em Mutirão”


LITURGIA04.04Nos primeiros dias do mês de maio, a Comissão Episcopal para a Liturgia da CNBB retomará com as publicações “Liturgia em Mutirão” no site da CNBB. Com a colaboração dos liturgistas do Brasil, as publicações desejam favorecer a compreensão e vivência do autêntico espírito das celebrações litúrgicas, memoriais do mistério pascal de Cristo e da Igreja, para o louvor do Pai e a santificação de seu povo construtor do Reino guiado pelo Espírito Santo.
O assessor da Comissão para a Liturgia, Frei Faustino Paludo, lembra que no dia 4 de dezembro será comemorado os 50 anos da promulgação da Sacrosanctum Concilium, Constituição Conciliar sobre a Sagrada Liturgia. Ele explica que este foi o primeiro documento conciliar publicado no intuito de orientar a reforma e renovação litúrgica, fruto maduro do Movimento de Renovação Litúrgica e de uma nova consciência e prática celebrativa da Igreja.
“Nestes 50 anos, apesar das adversidades, uma caminhada maravilhosa foi realizada, onde inúmeras pessoas e um número sem conta de iniciativas contribuíram para tornar as ações litúrgicas autênticos encontros com o Senhor e alimento das razões das esperanças do povosacerdotal a caminho do Reino definitivo”, afirma.
Frei Faustino lembra ainda que “os limites da caminhada em face aos novos apelos de nosso tempo, a celebração jubilar, se por um lado suscita atitude orante, de agradecimento e louvor, por outro lado, convoca a darmos passos novos na perspectiva da acolhida e do aprofundamento do espírito que dinamiza a renovação litúrgica projetada pelo Vaticano II”, finaliza.

POR: CNBB

Comissão para a Vida e a Família promove eventos de valorização da família


Nova Imagem 17A Comissão Episcopal Pastoral para a Vida e a Família (CEPVF) da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), com o apoio da Canção Nova, promoverá o 3º Simpósio Nacional da Família. O evento será realizado dia 25 de maio, na Canção Nova, em Cachoeira Paulista (SP). No dia 26 de maio, a Comissão também organizará a 5ª Peregrinação Nacional da Família, no Santuário Nacional, em Aparecida (SP).
Este ano, o 3º Simpósio Nacional da Família e a 5ª Peregrinação Nacional da Família, em sintonia com o Ano da Fé e com a Jornada Mundial da Juventude, terão por tema a “Transmissão da Fé na Família: tarefa dos pais”. O objetivo será oferecer aos pais a oportunidade de reavivar a missão de educar os filhos na fé, especialmente pela presença e pelo testemunho. O 3º Simpósio será televisionado pela TV Canção Nova.
Os eventos contarão com a presença do presidente da Comissão Episcopal para a Vida e a Família e bispo de Camaçari (BA), dom João Carlos Petrini, e do bispo Auxiliar do Rio de Janeiro (RJ), dom Antonio Augusto Dias Duarte, além de membros e os assessores nacionais da CEPVF.
Os bispos responsáveis pela Pastoral Familiar nos 17 Regionais da CNBB também estarão presentes, assim como coordenadores nacional, regionais, diocesanos e paroquiais da Pastoral Familiar e famílias vindas de todas as dioceses do Brasil. Nos dois dias, é estimada a participação de 250 mil pessoas.
O 3º Simpósio Nacional da Família será realizado na Canção Nova, no Rincão do meu Senhor, em Cachoeira Paulista (SP). Durante o evento haverá uma série de conferências que tratarão de diversos temas ligados à família. Dentre os conferencistas, dom João Carlos Petrini, fará a primeira conferência, que falará sobre “O desígnio de Deus”.
Professores do Pontifício Instituto João Paulo II de estudos sobre matrimônio e família, com sede Salvador (BA), também farão conferências que tratarão de temáticas como “Família e Sociedade”, “A transmissão da fé na família”, “Família acolhedora (desde a hospitalidade à adoção)”, e “Comunidade de famílias”.
Na tarde do dia 25 de maio, saindo do Santuário Nacional de Nossa Senhora Aparecida, em Aparecida (SP), às 19h30, haverá uma procissão até a “ Igreja Velha”. No dia da 5ª Peregrinação Nacional da Família, 26 de maio, serão realizadas Celebrações Eucarísticas, no Santuário Nacional de Nossa Senhora Aparecida a partir das 5h30.

POR: CNBB

CNBB saúda os primeiros bispos nomeados para o Brasil pelo Papa Francisco


cnbbPapa Francisco fez, nesta quarta-feira, 24 de abril, as primeiras nomeações episcopais para o Brasil. O secretário geral da CNBB enviou saudação especial, em nome da Conferência, aos nomeados: dom Liro Vendelino Meurer, novo bispo de Santo Ângelo (RS) e dom Moacir Silva, novo arcebispo de Ribeirão Preto (SP).
Leia as Saudações:
Saudação ao novo bispo de Santo Ângelo


A Nunciatura Apostólica comunicou à Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), na manhã desta quarta-feira, 24 de abril de 2013, que o Papa Francisco nomeou bispo de Santo Ângelo (RS), dom Liro Vendelino Meurer, transferindo-o de bispo auxiliar de Passo Fundo (RS).
Nomeado bispo pelo Papa Bento XVI, em 2009, dom Liro escolheu como lema para o ministério episcopal a expressão “Servir com alegria” e essa iniciativa já nos comunica, de forma explícita, sua disponibilidade e o sentido que ele atribui à sua missão como sucessor dos apóstolos.
A alegria, como nos inspira o Documento de Aparecida, é parte importante do acolhimento aoanúncio da Boa Nova : “Desejamos que a alegria que recebemos no encontro com Jesus Cristo chegue a todos os homens e mulheres feridos pelas adversidades. A alegria do discípulo é antídoto frente a um mundo aterrorizado pelo futuro e oprimido pela violência e pelo ódio. Conhecer a Jesus é o melhor presente que qualquer pessoa pode receber; tê-lo encontrado foi o melhor que ocorreu em nossas vidas, e fazê-lo conhecido com nossa palavra e obras é nossa alegria” (DA, n.29).
Desejamos a dom Liro que sua nova missão leve ao coração do povo da diocese de Santo Ângelo essa santa alegria que está em servir e anunciar o Reino. E que sua vida seja plena de saúde e paz. Unimo-nos às comunidades dessa diocese gaúcha para agradecer, com especial reverência, a luta e o trabalho dedicado do caro Irmão dom José Clemente Weber. Que ele encontre, na emeritude, a mesma alegria de servir que o embalou em seu tempo de titular.

Leonardo Ulrich Steiner
Bispo auxiliar de Brasília 
Secretário geral da CNBB 

 Saudação ao novo arcebispo de Ribeirão Preto

Na manhã desta quarta-feira, 24 de abril de 2013, a Nunciatura Apostólica comunicou à Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), que o Papa Francisco nomeou o novo arcebispo de Ribeirão Preto (SP), dom Moacir Silva, transferindo-o da sede episcopal de São José dos Campos (SP).
Dom Moacir foi nomeado bispo em outubro de 2004 e tem realizado o seu pastoreio com dedicação. Mestre em Direito Canônico pela Pontifícia Universidade Lateranense de Roma, antes do episcopado, atuou como juiz do Tribunal Interdiocesano de Aparecida (SP), esteve presente na formação do clero e na animação de diversas pastorais da diocese de São José dos Campos, entre elas: vocacional, familiar e juventude.
Levamos nossa palavra de alegria e cumprimentamos dom Moacir por mais essa missão que a Igreja lhe confia e pedimos a Deus que abençoe seus passos nesse novo tempo. Estamos unidos aos irmãos e irmãs da arquidiocese de Ribeirão Preto para acolher o novo arcebispo.

Leonardo Ulrich Steiner
Bispo auxiliar de Brasília 
Secretário geral da CNBB 

POR: CNBB

Nomeados novos bispos para Ribeirão Preto (SP) e Santo Ângelo (RS)


Novosbispos24042013Na manhã desta quarta-feira, 24 de abril, a Nunciatura Apostólica do Brasil comunicou que o papa Francisco aceitou a renúncia do bispo diocesano de Santo Ângelo (RS), dom José Clemente Weber, 76 anos, conforme prevê o Cânon 401 doCódigo de Direito Canônico. Para sucedê-lo, foi nomeado o bispo auxiliar da arquidiocese de Passo Fundo (RS), dom Liro Vendelino Meurer. Para a vacante arquidiocese  de Ribeirão Preto (SP), foi nomeado dom Moacir Silva, transferindo-o da sede episcopal de São José dos Campos (SP).
Dom Moacir é natural de São José dos Campos. Nasceu no dia 16 de julho de 1954. Estudou filosofia no Seminário Bom Jesus, em Aparecida (SP), e teologia no Instituto Teológico Sagrado Coração de Jesus, em Taubaté (SP). Foi ordenado sacerdote no dia 06 de dezembro de 1986. Sua nomeação episcopal aconteceu no dia 20 de novembro de 2004. Exercia a função de bispo de são José dos Campos desde 2004.
Seu lema episcopal é “Permanecei em mim” (Jo 15,4).
Dom Liro Vendelino Meurer é natural de Montenegro (RS). Nasceu no dia 13 de julho de 1954. Estudou Filosofia no Seminário Maior Nossa Senhora Imaculada Conceição, em Viamão (1957-1977). Sua ordenação presbiteral foi em 12 de dezembro de 1981, em Salvador do Sul (RS). Foi nomeado bispo em 14 de janeiro de 2009. Desde 2009, exercia a função de bispo titular de Tucca di Numidia, e auxiliar de Passo Fundo (RS).
Seu lema episcopal é “Servir com alegria”.

POR: CNBB

Pacote de Viagem para o 8º Mutirão Brasileiro de Comunicação


De 27 de outubro a 1º de novembro, na cidade de Natal (RN), será realizado o 8º Mutirão Brasileiro de Comunicação. O evento irá reunir agentes da Pastoral da Comunicação, estudantes, professores e profissionais da area para debater o tema “Comunicação e Participação Cidadã: meios e processos”.
Visando ajudar os interessados a participar do 8º Muticom, a Pascom Diocesana organizou o Pacote Muticom. Com esta iniciativa, os inscritos poderão parcelar suas despesas com hospedagem, transporte e alimentação. O Pacote inclui ônibus executivo (Empresa Tomaz Turismo), Hospedagem na Praia de Ponta Negra, serviço de bordo durante a viagem e alimentação (café, almoço e jantar).
“Sabemos que as despesas são altas, por isso tomamos esta iniciativa. Queremos facilitar a ida dos agentes da Pascom e dos estudantes, professores e profissionais interessados”, explica Márcia Marques, membro da Pascom Diocesana. Sobre os serviços, Márcia relata que foi pensado no conforto e preço acessível: “estamos oferecendo conforto e com um preço que todos possam pagar, inclusive com a facilidade do parcelamento. Não haverá lucros, apenas o dinheiro necessário para cobrir as despesas”, disse.

Baixe as informações do Pacote Muticom em PDF e confira os valores e condições de pagamento.
Conheça o 8º Muticom acessando o site www.muticom.com.br.

Para adesão e/ou esclarecimentos, entre em contato com a Pascom através do email diocesepascom@gmail.com ou dos telefones 3321 4199 / 9952 7855 (Márcia)/ 9952 7852 (Andréa).

Pascom Diocesana

quarta-feira, 17 de abril de 2013

Bispos querem abrir discussão na Igreja sobre energia elétrica por Usinas Nucleares


PlenarioGeralOs participantes da 51ª assembleia geral da CNBB que está sendo realizada em Aparecida (SP) até a próxima sexta, 19 de abril, trataram da Questão Nuclear. Numa das sessões da terça-feira, 16 de abril, os bispos, após ouvirem e discutirem uma comunicação sobre a Questão Nuclear no Brasil e no Mundo, decidiram, pelo voto, abrir e aprofundar dentro da Igreja a discussão sobre o tema da defesa da vida, e estimular a ampliação desse debate em toda a sociedade, numa perspectiva de transparência e informação dos cidadãos.

“A questão da moradia é universal e inviolável”, diz dom Pedro Cunha sobre os povos quilombolas


DomPedroCruzFoi aprovado pelo plenário da 51ª Assembleia Geral da CNBB o texto de estudos sobre os povos quilombolas. Esse material, que será publicado na série verde de estudos da CNBB afirma a compreensão de que evangelizar significa também apoiar as reivindicações por políticas de enfrentamento ao racismo e à discriminação. De acordo com dom Pedro Cunha Cruz, bispo auxiliar do Rio de Janeiro (RJ), este tema trata da própria historicidade da Igreja no Brasil e das comunidades quilombolas.
“O objetivo do documento é tornar pública as violações dos direitos sofridas por essas comunidades, que ainda hoje lutam pela titulação de suas terras”, explica dom Pedro. De acordo com ele, o desejo dos bispos é dar força à voz da comunidades quilombolas, especialmente no reconhecimento de sua identidade cultural e étnica, na demarcação de suas terras e preservação de sua cultura. “A luta e a resistência não é pequena diante das constantes violações e invasões que elas sofrem em suas terras. Muitas vezes, o Incra e outras instancias estaduais não cumprem o seu papel”, afirmou.
Sintetizando o propósito do texto de estudos, o desejo dos bispos é “sensibilizar as autoridades e a sociedade sobre essa questão, e de poder também lutar juntamente com eles pela titulação e homologação da terra”. Dom Pedro lembrou também que muitas dessas comunidades quilombolas vivem apenas de roça de subsistência.
O bispo também destacou a importância da presença da Igreja junto a estas comunidades. “O Papa emérito Bento XVI, ao se despedir de maneira pública de seu ministério, disse que a Igreja é um organismo vivo. Portanto, sua palavra e ação ecoam por todos os cantos. A Igreja coloca a mão onde ninguém quer tocar. Ela vai às periferias. Nós consideramos que a questão da terra e da moradia são direitos universais e invioláveis. Não podemos fazer com que essas comunidades sejam também destinatários de nossa missão evangelizadora? Portanto, consideramos os valores desta e de qualquer cultura. Não são grupos folclóricos. São pessoas que tem seus valores, e que devem ser preservados. E nós evangelizamos a partir desses valores positivos”.

Bispos dão panorama geral da JMJ e refletem situação dos povos quilombolas


Coletiva 17.04


A Jornada Mundial da Juventude e os povos quilombolas foram pauta para os jornalistas que participaram da coletiva de imprensa desta quarta-feira, 17 de abril, durante a 51ª Assembleia Geral da CNBB.

Atenderam a imprensa Dom Orani Tempesta, arcebispo do Rio de Janeiro (RJ); dom Eduardo Pinheiro, bispo auxiliar de Capo Grande (MS) e dom Pedro Cunha Cruz, bispo auxiliar do Rio de Janeiro (RJ).
O Porta voz da Assembleia, Dom Dimas Lara Barbosa destacou que entre as atividades de hoje na Assembleia foram discutidos assuntos relacionados aos povos indígenas, Sínodo dos Bispos, Jornada Mundial da Juventude (JMJ) e a possibilidade de uma coleta especial para ajudar nos custos da JMJ.
Dom Orani Tempesta, arcebispo do Rio de Janeiro (RJ) apresentou aos jornalistas as últimas informações de organização da Jornada Mundial da Juventude.
“O Rio de Janeiro já tem vocação em sediar grandes eventos e a JMJ é um serviço prestado a sociedade e a juventude do mundo”, afirmou.
O Arcebispo ressaltou também que está será a primeira visita internacional do Papa Francisco para falar com os jovens, 26 anos após a primeira JMJ da América Latina, que aconteceu na Argentina.
“O Rio de Janeiro tem características próprias e estamos trabalhando em conjuntos com o Estado no que se diz respeito a transporte e segurança. Ressalto também que as inscrições ainda estão abertas e continuamos a animar as pessoas para acolher a juventude em suas casas”.
Dom Orani citou ainda que a JMJ terá eventos culturais como exposições, apresentações, cinema entre outros.
“A JMJ é feita para os jovens e pelos jovens e desta forma a Igreja está olhando e investindo em pessoas para o futuro da humanidade, este é o grande diferencial da jornada”.
Ainda sobre a JMJ, dom Eduardo Pinheiro, bispo auxiliar de Capo Grande (MS) e referencial a juventude, falou sobre a dedicação da Igreja a juventude.
“A Igreja no Brasil tem um carinho muito grande com a juventude e neste ano, em especial, foi ainda mais valorizada com a Campanha da Fraternidade”, afirmou.
Para dom Eduardo a Campanha da Fraternidade visa atingir as estruturas da Igreja e o mundo adulto, que precisa valorizar os jovens.
O bispo citou ainda a peregrinação dos ícones da JMJ que percorrem todo o Brasil, sendo um momento muito importante e particular de reunir os jovens nas dioceses.
Situação dos povos quilombolas
Dom Pedro Cunha Cruz, bispo auxiliar do Rio de Janeiro (RJ) abordou as questões referentes ao povo quilombola e o Documento Verde.
“Nosso objetivo é tornar publico as violações dos direitos humanos sofridas por estes grupos ao longo dos anos”, afirmou.
O bispo manifestou preocupação com Proposta de Emenda à Constituição (PEC) nº 215 foi aprovada em março do ano passado pela Comissão de Constituição e Justiça da Câmara dos Deputados e significou um retrocesso às garantias e direitos constitucionais dos povos indígenas.
“A Igreja se coloca solidaria no que se diz respeito a dignidade cultural destes povos e a especulação feita pelos grandes grupos financeiros”, finalizou.

Confira a galeria de fotos da Assembleia Geral

foto fanpage cópia

A equipe da Assessoria de Imprensa da CNBB criou uma fanpage no facebook da 51ª Assembleia Geral dos Bispos, com galeria de fotos, vídeos das coletivas de imprensa, boletim de áudio e outros conteúdos. Para acessar a página, clique no endereço abaixo ou pelo link no site da CNBB.
Diariamente são postadas muitas fotos da Assembleia. Confira:

Edições CNBB publicam propostas do Sínodo para a Nova Evangelização


LivroSinodo2012As contribuições dos Padres Sinodais durante a 13ª Assembleia Ordinária do Sínodo dos Bispos, realizada no Vaticano de 7 a 28 de outubro de 2012, podem ser conhecidas pelas comunidades num livro publicado pelas Edições CNBB. “A Nova Evangelização para a Transmissão da Fé cristã” reúne o resumo das intervenções e propostas que deverão ser contempladas na Exortação Apostólica Pós-Sinodal, que o Papa Francisco deverá publicar em breve.
A publicação destas propostas foi autorizada pelo papa Bento XVI antes de sua renuncia. “O objetivo é tornar conhecida a temática deste último Sínodo, que foi a Nova Evangelização para a transmissão da Fé”, explica o Mons. Antonio Luis Catelan, assessor da Comissão Episcopal Pastoral para a Doutrina da Fé.
Durante o Sínodo, apareceram algumas propostas que já estão contempladas nas atuais Diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora para a Igreja no Brasil. “A iniciação cristã e a pastoral de conjunto, por exemplo, estão presentes entre as propostas”, afirmou Catelan.

POR: CNBB

quinta-feira, 11 de abril de 2013

Dom Dimas apresenta síntese do Diretório da Comunicação aos jornalistas


dom dimas 11.04A comunicação esteve entre as pautas da 51ª Assembleia Geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), nesta quinta-feira, 11 de abril.
Atenderam aos jornalistas neste segundo dia de encontro, dom Sergio Eduardo Castriani, arcebispo de Manaus (AM), dom Dimas Lara Barbosa, arcebispo de Campo Grande (MS) e presidente da Comissão Episcopal Pastoral para a comunicação e dom Armando Bucciol, bispo de Livramento de Nossa Senhora (BA).
O arcebispo de Campo Grande ressaltou que neste segundo dia de assembleia já foram dados passos importantes na caminhada do encontro que segue até dia 19 de abril.
Dom Dimas fez um panorama geral do Diretório da Comunicação que será apresentado aos bispos ainda nesta tarde. “Este é um sonho antigo da CNBB. Gostaríamos de ter normas mais claras para as nossas comunidades e paróquias”.
O arcebispo explicou que inicialmente foi feito um texto de estudo e aprofundamento da comunicação e posteriormente a criação da Comissão Episcopal Pastoral da Comunicação.
Dom Dimas adiantou aos jornalistas que o Diretório terá 10 capítulos, entre eles, os Desafios da comunicação para a Igreja, a comunicação nas redes sociais, a teologia da comunicação. “Entre os capítulos está também a Comunicação e a vivência da fé nas dimensões da catequese, caridade e liturgia. Precisamos debater as questões da ética na comunicação”, ressaltou.
O arcebispo falou também que os grandes protagonistas da comunicação são, sobretudo, os leigos e leigas.
Entre os capítulos do Diretório que será apresentado aos bispos também está as questões da Igreja e a cultura da mídia, as políticas de comunicação e o papel da PASCOM.
Mapa das religiões – Respondendo as perguntas dos jornalistas, Dom Dimas falou que o mapa das religiões é assunto que sempre está na reflexão dos bispos.
Dom Dimas afirmou que tem acompanhado as pesquisas e discussões em torno do assunto. “Compreendemos que a Igreja necessita estar em estado permanente de missão para ir ao encontro do seu povo. Ensinar e estimular a leitura da bíblia também é importante”, afirmou.
Dom Dimas ressaltou que uma série de fatores precisam ser levados em conta ao considerar números e estatísticas no chamado mapa das religiões no Brasil.
POR: CNBB

Bispos avaliam o início dos trabalhos do tema central da 51ª AG


coletivaNesta quinta-feira, 11 de abril, a segunda coletiva de imprensa da 51ª Assembleia Geral da CNBB tratou de importantes temas como a realidade das paróquias católicas do Brasil, a nova tradução do Missal Romano e o Diretório de Comunicação. Para as exposições foram convidados os bispos: dom Sérgio Eduardo Castriani, arcebispo de Manaus (AM), dom Dimas Lara Barbosa, arcebispo de Campo Grande (MS) e dom Armando Bucciol, bispo de Livramento de Nossa Senhora (BA). De acordo com o porta-voz da coletiva, dom Dimas Lara, a Assembleia já vem apresentando alguns resultados importantes. “As nossas sessões do período da manhã foram dedicadas ao tema central, também foi apresentado aos bispos a proposta de revisão dos textos litúrgicos”
Dom Sérgio Castriani, presidente da Comissão para o Tema Central da 51ª Assembleia Geral, apresentou algumas perspectivas que estão sendo tratadas a partir da proposta “Comunidade de comunidades: uma nova paróquia”. “Estamos convencidos que a paróquia é a grande escola de fé. Ela existe para unir os cristãos ao seu Senhor e atrair a todos para a Igreja. Continua sendo uma referência para os católicos e não cristãos. É nela que cada pessoa deveria fazer um encontro com Cristo”.
Ainda, de acordo com dom Sérgio, “essa renovação está ligada a articulação de pequenas comunidades, buscando integrar todas as instituições como escolas, universidades, etc”. O bispo acredita que a efetiva renovação das paróquias só acontecerá se Igreja buscar “ser comunidade de comunidade, já que a vocação cristã se vive em comunidade e é nela que se dá a vida nova em Cristo”. O despertar de pequenas comunidades, segundo dom Sérgio deverá ser motivada por uma maior participação dos leigos em ministérios específicos na Igreja.
Liturgia e comunicação
Dentro dos trabalhos da Assembleia Geral está sendo apresentando aos bispos a nova proposta de revisão do Missal Romano. Dom Armando Bucciol, presidente da Comissão Episcopal Pastoral para a Liturgia e da Comissão Episcopal para os Textos Litúrgicos explicou que as Conferências estão encarregadas de revisar os textos. A primeira versão do Missal foi publicada em 1969, em latim e depois traduzida para outros idiomas.
O trabalho desta comissão da CNBB tem sido intenso e vem sendo realizado com cautela. “Não se trata apenas de traduzir, mas manter uma fidelidade ao texto original em latim. Para que seja acessível ao povo em uma linguagem litúrgica bela”, destacou dom Armando. O bispo aponta que a revisão não terá mudanças nos ritos. São correções simples, como, por exemplo, a unificação das respostas na celebração eucarística. A mudança será mais na linguagem e conteúdo e não propriamente no formato da celebração. “A fé da Igreja passa e se expressa na liturgia. É através dela que igreja se revela, se manifesta e se constrói”, finaliza.
Outro passo importante para a Igreja do Brasil é a proposta de um Diretório de Comunicação. O presidente da Comissão Episcopal Pastoral para a Comunicação, dom Dimas Lara Barbosa apresentou um esboço do documento e os possíveis capítulos. “O diretório é um sonho antigo da CNBB. São dez capítulos que buscam abordar a evolução da comunicação, teologia, ética, políticas de comunicação, Igreja e a Cultura da Mídia, PasCom, entre outros”. De acordo com dom Dimas, foi formada uma comissão de bispos e especialistas em comunicação que está responsável pela produção do diretório. Nos próximos dias da Assembleia o texto será estudado pelos bispos para possível aprovação e, posteriormente, encaminhado para ser publicado como estudo da CNBB.
POR: CNBB

“A urgência das urgências é evangelizar”, acredita o cardeal Odilo Scherer


IMG 1088Muitos são os desafios para a Igreja no Brasil, entre eles está à necessidade da revitalização das paróquias. Essa é a proposta da 51ª Assembleia Geral dos Bispos da CNBB se volta ao tema central que este ano trata de “Comunidade de comunidades: uma nova paróquia”, onde os bispos brasileiros estão empenhados em refletir sobre a vida das paróquias. O arcebispo metropolitano de São Paulo, cardeal dom Odilo Pedro Scherer observa que “a Igreja sempre precisa de renovação, pois é um organismo vivo, senão ela morre”. Para o cardeal, renovar as paróquias é “tirar delas suas potencialidades para que não sejam apenas estruturas burocráticas, mas comunidades vivas com um espírito novo e dinâmico”.
Diante das necessidades que se apresentam para a Igreja do Brasil, o arcebispo acredita que “a urgência das urgências é evangelizar”. E, para que essa renovação ocorre na estrutura a Igreja precisa se “adequar para bem evangelizar, utilizando bem todos os meios e ocasiões”. Segundo o cardeal, a 51ª Assembleia Geral se realiza em clima diferente após a realização do Conclave que elegeu Papa Francisco. E, desejou que “a vida da Igreja se renove”, com a chegada do novo pontífice, pois “a Igreja existe para evangelizar”. Ele relembra que a nova evangelização está na linha da preocupação da Igreja, que tem buscado se orientar nas reflexões e caminhos sugeridos pela Conferência de Aparecida, realizada em 2007. Para dom Odilo, a missão a Assembleia Geral é acompanhar e motivar a vida e missão da Igreja no Brasil, em comunhão com o Papa.
Igreja missionária
Sobre as especulações da possível perda de fieis por parte do catolicismo, o cardeal dom Odilo analisa que a Igreja não está indiferente a esse fato, mas tem buscado estar mais próxima da sociedade. “Quando um católico deixa de ser católico, não ficamos indiferentes. Isso preocupa a Igreja, mas não temos soluções mágicas. Não podemos estar ocupados com uma pastoral de manutenção e conservação, mas com uma Igreja efetivamente missionária”, disse. Por outro lado, o arcebispo observa que “não só a Igreja católica perde fiel. É um fenônemo cultural, onde existe uma mobilidade de valores e outras várias razões que levaram as pessoas a fazerem novas escolhas”.
O arcebispo aponta a presença de um fenômeno da migração religiosa, onde as pessoas estão à procura de religiões que oferecem propostas mais interessantes, “com menos comprometimento, ligado a cultura do relativismo”, de acordo com o interesse subjetivo de cada indivíduo. Mediante a essa fator cultural, o cardeal Odilo explica que o objetivo principal da Assembleia Geral é buscar a renovação das paróquias. “Nós estamos ocupados em refletir sobre as paróquias. Queremos renovar a estrutura da paróquia quanto a sua funcionalidade para que seja expressão viva e dinâmica”. Para que essa renovação, de fato, aconteça, o cardeal dom Odilo aconselha: “Sermos honestos no modo de evangelizar, apresentando a proposta do evangelho sem instrumentalizar a religião. Isso demanda tempo, paciência e perseverança”.
POR: CNBB

Dom Giovanni D’ Aniello preside missa da 51ª Assembleia Geral


Nuncio 11.04.13A Santa Missa desta quinta-feira (11), da 51ª Assembleia Geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) foi em Ação de Graças pelos bispos nomeados desde a última Assembleia Geral realizada em 2012.
A Celebração Eucarística, que reuniu todos os Bispos do Brasil diante do Altar de Nossa Senhora Aparecida, foi presidida pelo Núncio Apostólico, dom Giovanni D’ Aniello.
Por ocasião de sua Assembleia Geral, a CNBB alimenta em seus momentos orantes a vida e o ministério dos seus membros e faz a oração de Ação de Graças pela nomeação de novos bispos, a oração de gratidão pelo ministério dos bispos eméritos e a oração em sufrágio dos bispos falecidos.
Em sua homilia, dom Giovanni D’ Aniello saudou os bispos presentes na assembleia, em especial, aos bispos nomeados no último ano.
Dom Giovanni pediu aos bispos que estejam sempre na busca pela mudança, tornando o Cristo o centro da própria vida. “Assumir a Cristo como critério de salvação. A fé é dada aos que obedecem e Jesus é aquele que vem, do alto e do céu. Está acima de todas as criaturas e todas as coisas. O mistério pascal nos leva a plenitude”, afirmou.
Núncio Apostólico ressaltou que algo novo, profundamente novo, aconteceu durante a ressureição. “Obedecer não é mais submeter-se. É um processo de crescimento. A liturgia de hoje nos diz que é preciso caminhar com Cristo. Confessar e santificarmos com Ele”.
Aos novos bispos, dom Giovanni D’ Aniello pediu a doação pessoal que deve acompanhar o ministério apostólico e empenho em suas iniciativas.
Dom Giovanni Felicitou os bispos lembrando do ministério apostólico que traz alegrias,  esperanças e também dificuldades. “Saibam que não estão sozinhos, Estão unidos ao Papa e todos os membros do colégio episcopal do Brasil e do mundo inteiro”, afirmou.
Citando o Papa Francisco, dom Giovanni afirmou que cada ministério deve ter a vontade de servir o Evangelho ajudando a Igreja a contemplar Cristo, para que os fiéis possam encontrar o caminho, a verdade e a vida, tornando – os homens novos. “Confio à proteção de Nossa Senhora Aparecida os nossos trabalhos nesses dias de assembleia, para que possamos também testemunhar a fé autêntica. Asseguro-lhes as minhas orações”, finalizou o Núncio Apostólico.

POR: CNBB

Presidente da CNBB lembra os 50 anos da encíclica Pacem Terris do Papa João XXIII


Papa Joao XXIIIAo dar as boas-vindas aos participantes da 51aassembleia geral da CNBB, nesta quinta-feira, 11 de abril, cardeal dom Raymundo Damasceno Assis lembrou o aniversário de 50 anos de publicação da Encíclica Pacem in Terris do papa João XXIII.
Recorde algumas passagens da Carta Encíclica:
“A paz na terra, anseio profundo de todos os homens de todos os tempos, não se pode estabelecer nem consolidar senão no pleno respeito da ordem instituída por Deus” (n.1).
“O avanço da ciência e os inventos da técnica demonstram, antes de tudo, a infinita grandeza de Deus, criador do universo e do homem. Foi ele quem tirou do nada o universo, infundindo-lhe os tesouros de sua sabedoria e bondade. Por isso, o salmista enaltece a Deus com estas palavras: "Senhor, Senhor, quão admirável é o teu nome em toda a terra" (Sl 8, 1). "Quão numerosas são as tuas obras, Senhor! Fizeste com sabedoria todas as coisas" (Sl 103, 24). Foi igualmente Deus quem criou o homem à sua imagem e semelhança (cf. Gn 1, 26), dotado de inteligência e liberdade, e o constituiu senhor do universo, como exclama ainda o Salmista: ‘Tu o fizeste pouco menos do que um deus, coroando-o de glória e beleza. Para que domine as obras de tuas mãos sob seus pés tudo colocaste’ (Sl 8,5-6) (n.3)”
“Em uma convivência humana bem constituída e eficiente, é fundamental o princípio de que cada ser humano é pessoa; isto é, natureza dotada de inteligência e vontade livre. Por essa razão, possui em si mesmo direitos e deveres, que emanam direta e simultaneamente de sua própria natureza. Trata-se, por conseguinte, de direitos e deveres universais, invioláveis, e inalienáveis”(n.9).
“Todo o ser humano tem direito natural ao respeito de sua dignidade e à boa fama; direito à liberdade na pesquisa da verdade e, dentro dos limites da ordem moral e do bem comum, à liberdade na manifestação e difusão do pensamento, bem como no cultivo da arte. Tem direito também à informação verídica sobre os acontecimentos públicos”(n.12).
“Compete outrossim à pessoa humana a legítima tutela dos seus direitos: tutela eficaz, imparcial, dentro das normas objetivas da justiça. Assim Pio XII, nosso predecessor de feliz memória, adverte com estas palavras: "Da ordem jurídica intencionada por Deus emana o direito inalienável do homem à segurança jurídica e a uma esfera jurisdicional bem determinada, ao abrigo de toda e qualquer impugnação arbitrária (n.27)".
“Todo o cidadão e todos os grupos intermediários devem contribuir para o bem comum. Disto se segue, antes de mais nada, que devem ajustar os próprios interesses às necessidades dos outros, empregando bens e serviços na direção indicada pelos governantes, dentro das normas da justiça e na devida forma e limites de competência. Quer isso dizer que os respectivos atos da autoridade civil não só devem ser formalmente corretos, mas também de conteúdo tal que de fato representem o bem comum, ou a ele possam encaminhar”(n.53).
“As nações fomentem toda espécie de intercâmbio quer entre os cidadãos respectivos, quer entre os respectivos organismos intermediários. Existe sobre a terra um número considerável de grupos étnicos, mais ou menos diferenciados. Não devem, porém, as peculiaridades de um grupo étnico transformar-se em compartimento estanque de seres humanos impossibilitados de relacionar-se com pessoas pertencentes a outros grupos étnicos. Isto estaria, aliás, em flagrante contraste com a tendência da época atual em que praticamente se eliminaram as distâncias entre os povos. Tampouco se deve esquecer que, embora seres humanos de raça diferente apresentem peculiaridades, possuem, no entanto, traços essenciais que lhes são comuns. Isso os inclina a encontrar-se no mundo dos valores espirituais, cuja progressiva assimilação abre-lhes ilimitadas perspectivas de aperfeiçoamento (N.100)”.
“Não se deverá jamais confundir o erro com a pessoa que erra, embora se trate de erro ou inadequado conhecimento em matéria religiosa ou moral. A pessoa que erra não deixa de ser uma pessoa, nem perde nunca a dignidade do ser humano, e portanto sempre merece estima. Ademais, nunca se extingue na pessoa humana a capacidade natural de abandonar o erro e abrir-se ao conhecimento da verdade. Nem lhe faltam nunca neste intuito os auxílios da divina Providência. Quem, num certo momento de sua vida, se encontre privado da luz da fé ou tenha aderido a opiniões errôneas, pode, depois de iluminado pela divina luz, abraçar a verdade. Os encontros em vários setores de ordem temporal entre católicos e pessoas que não têm fé em Cristo ou têm-na de modo errôneo, podem ser para estes ocasião ou estímulo para chegarem à verdade”(n.157).
“Como representante – ainda que indigno – daquele que o anúncio profético chamou o ‘Príncipe da Paz’ (cf. Is 9,6), julgamos nosso dever consagrar os nossos pensamentos, preocupações e energias à consolidação deste bem comum. Mas a paz permanece palavra vazia de sentido, se não se funda na ordem que, com confiante esperança, esboçamos nesta nossa carta encíclica: ordem fundada na verdade, construída segundo a justiça, alimentada e consumada na caridade, realizada sob os auspícios da liberdade”(n. 166).
Papa João XXIII
Roma, 11 de abril de 1963
POR: CNBB

51ª Assembleia Geral: balanço do início do trabalho dos bispos


Coletiva10042013
Na tarde desta quarta-feira, 10 de abril, foi realizada a primeira entrevista coletiva com o balanço do início dos trabalhos da 51ª Assembleia Geral dos Bispos do Brasil, em Aparecida (SP). Coordenada pelo Porta-Voz do evento, dom Dimas Lara Barbosa, atenderam a imprensa o arcebispo de São Paulo (SP), cardeal Odilo Pedro Scherer; o bispo auxiliar de Belo Horizonte (MG), dom Joaquim Mol; e o bispo de Caçador (SC), dom Severino Clasen.
O Porta-Voz iniciou recordando aos jornalistas o tema central da Assembleia Geral: “Comunidade de Comunidades: a nova paróquia”, bem como os temas prioritários: o Diretório de Comunicação para orientar a pastoral da Igreja neste campo, e a aprovação de um texto sobre a Questão Agrária no país. “A Assembleia é uma ocasião de tomar consciência do processo em que as Diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora, aprovadas há dois anos pelos bispos, são colocadas em prática”, explicou dom Dimas.
O Cardeal Odilo Scherer destacou que o encontro do episcopado brasileiro segue o clima de novidade que a Igreja vive por conta da eleição do Papa Francisco. “Há um clima de novidade no ar, por conta da eleição do novo Papa, que está imprimindo um novo ritmo no exercício do pontificado. Até porque, um papa não é igual a outro, e é bom que seja assim”, afirmou. O cardeal enfatizou a relevância do tema central, e destacou que em relação à queda do número dos católicos, apresentada nos números do Censo 2010, preocupa os bispos, mas não existem soluções mágicas. “É necessária uma verdadeira conversão pastoral para que possamos ir ao encontro das pessoas. Não é somente a Igreja Católica que perde fiéis. A nossa urgência é evangelizar, e temos que nos adequar para bem evangelizar”.
Esta adequação da estrutura da Igreja aos novos tempos exige uma aproximação dos pobres, como lembra dom Mol. “É algo muito importante, e é uma escolha que o próprio Jesus faz: o caminho da vida simples que conduz para o Pai. Todos os papas tem tocado neste tema de uma Igreja pobre e para os pobres, e isso está presente também na reflexão dos bispos nesta Assembleia”. Dom Mol destacou a preocupação dos bispos com a evangelização dos católicos “não praticantes”. “Há um texto que está sendo analisado pelos bispos. Mas em todo processo de evangelização, seja para os batizados, praticantes ou não, ou mesmo os novos membros, o mais importante é a experiência com a pessoa de Jesus Cristo. E é isso que deve ser promovido”.
Também quanto ao tema central da Assembleia Geral, dom Severino Clasen destacou a importância das comunidades cristãs como lugar de convivência fraterna. “As pessoas precisam de calor humano. Nós hoje temos facilidade de nos encontrar com as outras pessoas, através das redes sociais, mas falta-nos o calor do coração, da proximidade, e está aí a diferença”.
Encontro de Universitários Católicos
Dom Joaquim Mol também respondeu aos jornalistas sobre o Congresso Mundial das Universidades Católicas, que será realizado em Belo Horizonte (MG), entre os dias 18 e 21 de julho próximo. “O evento antecede a Jornada Mundial da Juventude no Rio de Janeiro (RJ), e gostaríamos de ter a presença do Papa Francisco apresentando a sua mensagem ao final do evento aos participantes. Porém, o assunto ainda está sendo discutido”.
POR: CNBB