domingo, 29 de julho de 2012

Semana Bíblica paroquial

1° noite foi presidida por : PE. Paulo Sergio
2° noite foi presidida por : Diácono Hebet
3° noite foi presidida por : Seminarista Thiago
4° noite foi presidida por : Júnior Oliveira
seguem abaixo fotos







Segue baixo as palestras do  Diácono Hebert e de Júnior Oliveira

  

Bíblia, livro da Igreja e da fé em Jesus Cristo

Popularmente escutamos muitas vezes que a Sagrada Escritura é a Palavra de Deus; porém, podemos questionar: será que toda a Palavra de Deus é a Bíblia? Vejamos o que nos diz o Catecismo da Igreja Católica, “As Sagradas Escrituras contêm a Palavra de Deus e, por serem inspiradas são verdadeiramente Palavra de Deus” (CAIC135). Portanto, a Bíblia é uma Palavra de Deus, mas Deus não iria restringir toda sua Palavra na Bíblia, daí concluímos que a Palavra de Deus está além das Sagradas Escrituras.
Na nossa exposição hoje, vemos que a Bíblia é livro da Igreja, ou seja, ela é filha da Igreja, a Igreja fundada por Jesus Cristo, na fé dos Apóstolos, é firmada no “tripé” da Tradição, do Magistério e Palavra de Deus. Quanto à Sagrada Tradição ela “transmite integralmente aos sucessores dos Apóstolos a Palavra de Deus confiada por Cristo Senhor e pelo Espírito Santo para que, sob a luz do Espírito de Verdade, eles, por sua pregação, fielmente a conservem, exponham e difundam” (DV9). E ainda “o ofício de interpretar autenticamente a Palavra de Deus escrita ou transmitida foi confiado unicamente ao Magistério vivo da Igreja, cuja autoridade se exerce em nome de Jesus Cristo” (DV10). Por conseguinte, podemos deduzir que a interpretação do depósito da fé (Tradição e Palavra de Deus) foi confiado ao Magistério, à totalidade da Igreja. Portanto, a nossa fé não é só firmada nas Sagradas Escrituras, mas com Ela, a Sagrada Tradição e o Sagrado Magistério; é este o “tripé” que assegura nossa fé em Jesus Cristo e em sua Igreja.
Muitas vezes somos questionados pela Bíblia sobre nossa fé em Jesus Cristo, na sua Igreja; daí podemos pensar, será que a Bíblia é contra a doutrina da Igreja? Primeiramente, os livros contidos nas Sagradas Escrituras são Palavra de Deus, porque a Igreja assim os atestou, ou seja, a Bíblia é filha da Igreja, portanto, não pode ser interpretada por esta ou aquela pessoa, mas a Igreja como Mãe é que deve admoestar-nos acerca das Sagradas Escrituras, daí a Bíblia não é contra o que a Igreja ensina, porém Palavra de Deus e doutrina da Igreja caminham juntas.
Um último aspecto que queremos abordar é a leitura das Sagradas Escrituras, podemos assegurar que nossa fé em Jesus Cristo é também alimentada pela meditação e contemplação da Palavra de Deus; por isso a Igreja pede-nos insistentemente para nos habituarmos cada vez mais com a leitura das Sagradas Escrituras (LECTIO DIVINA). Temos sempre que termos presente que toda a Bíblia quer nos apresentar uma pessoa: Jesus Cristo; para assim o conhecermos e experienciarmos em nossas vidas. Por conseguinte, findo este texto com as palavras de São Jerônimo: “Ignorar as Escrituras é ignorar o próprio Cristo”.
Referências:
·         Catecismo da Igreja Católica.
·         Constituição sobre a Palavra de Deus do Concílio Vaticano II “Dei Verbum”.

Diácono Hebert Pereira Guedes.

Júnior Oliveira
SEMANA BÍBLICA
TEMA: BÍBLIA, LIVRO DO DISCIPULADO E DA MISSÃO.
Palestrante: Francisco de Assis S. O. Júnior (Comunidade Kênosis).
Passagem central: Isaias 61,1.

1.       Nosso Senhor Jesus Cristo quando convoca os discípulos, primeiro os forma para depois enviá-los em missão. Com isso, aprendemos que Nosso Senhor, antes de nos chamar a ser missionários, nos convoca a ser discípulos. Um grande equívoco é pensarmos que não precisamos passar pela escola do discipulado, que podemos sair por ai falando de Jesus sem antes termos tido uma experiência concreta e pessoal com Ele. A convicção do nosso anúncio nasce da intimidade com aquele que anunciamos.       

2.       Jesus tinha uma grande multidão o seguindo, mas poucos discípulos. Existe uma grande diferença entre seguir Nosso Senhor como multidão e segui-lo como um discípulo. A multidão segue a Jesus pelo entusiasmo do momento, sem procurar conhecê-lo profundamente, o seguem por aquilo que ele pode lhes dar, o seguem pelos milagres, pelas curas, pelo pão, pelos bens materiais, mas depois de estarem saciados o abandonam. A multidão não tem compromisso sério com a Palavra do Senhor, mas uma curiosidade superficial, buscando nela a solução para os seus problemas.  Por outro lado, o discípulo segue a Jesus, por saber quem ele é, e não por aquilo que ele tem a oferecer. O discípulo tem um compromisso de fidelidade com a Palavra do Senhor, ele se aprofunda e se deixa formar por ela para que pouco a pouco a sua vida vá se configurando a do seu Mestre. Esse é o nosso grande desafio: sair da realidade de multidão e seguir Nosso Senhor como verdadeiros discípulos.    

3.       No Evangelho segundo São Marcos Jesus dá uma ordem a Igreja: “Ide por todo o mundo e anunciai o Evangelho a toda criatura” (Mc 16...). A Igreja de Cristo tem a missão de evangelizar, mas quem é a Igreja? A Igreja é o Corpo de Cristo. Cada pessoa batizada é a Igreja de Cristo. Você é membro desse corpo místico de Jesus Cristo, então a missão de evangelizar também é de sua responsabilidade. Uma vez que todo o Povo de Deus é um povo “enviado”, (...) a missão de anunciar a Palavra de Deus é dever de todos os discípulos de Jesus Cristo, em conseqüência do seu batismo. Nenhuma pessoa que crê em Cristo pode sentir-se alheia a esta responsabilidade que deriva do fato de ela pertencer sacramentalmente ao Corpo de Cristo.”(Exortação VERBUM DOMINI). A missão de evangelizar não cabe somente aos Bispos, Padres e Religiosos, mas a todos os batizados, sem exceção. No Batismo o Senhor me elege, me ungi e me envia. Todos são enviados a anunciar Nosso Senhor Jesus Cristo, mas cada um tem um chamado específico (Casados, Sacerdotes, Religiosos), cabe a cada um ser fiel ao seu chamado e onde o Senhor lhe enviou. 

4.       Para que o nosso anúncio seja eficaz e tenha credibilidade, ele precisa ser acompanhado por nosso testemunho de vida. As Sagradas Escrituras não podem ser vistas como uma bela filosofia ou utopia, mas antes como uma realidade que se pode viver e que faz viver. “Há uma relação estreita entre o testemunho da Escritura, como atestado que a Palavra de Deus dá de si mesma, e o testemunho de vida dos crentes. Um implica e conduz o outro” (Exortação VERBUM DOMINI). É preciso anunciar Jesus Cristo com a vida, mais do que com as palavras. Anunciar a Palavra de Deus é anunciar uma pessoa que se chama Jesus Cristo, a quem eu amo, em quem eu creio, com o qual me relaciono e por viver em comunhão com ele, quero que outros o conheçam, o acolham, o amem e o sigam.

BIBLIOGRAFIA:
Bíblia Sagrada, Ed. Pastoral;
Exortação Apostólica Pós-Sinodal VERBUM DOMINI (Papa Bento XVl).


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