segunda-feira, 25 de março de 2013

Presidente da CNBB diz que visita do Papa a Aparecida será breve


coletiva.domdamasceno.2403O portal de noticias G1 publicou neste domingo, 24 de março, matéria com as palavras da homilia da missa de Ramos e as respostas dadas aos jornalistas pelo cardeal dom Raymundo Damasceno na primeira Entrevista Coletiva concedida pelo arcebispo de Aparecida depois de voltar de Roma.
Eis a matéria do portal G1:
O presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) e arcebispo de Aparecida (SP), dom Raymundo Damasceno Assis, participou de sua primeira celebração no Brasil na manhã deste domingo (24) após participar do conclave que elegeu o Papa Francisco, como líder máximo da igreja católica. O religioso desembarcou no país neste sábado (23).
Presidindo a missa de Ramos – que marca o início da Semana Santa para os católicos – o cardeal brasileiro falou aos romeiros do Santuário Nacional sobre a experiência no período em que esteve no Vaticano. "Levei ao Santo Padre, bispo emérito Bento XVI, o agradecimento pelo exercício. Levei nossas orações, os agradecimentos em nome de todas as igrejas do Brasil, e ele também nos agradeceu. Também dei ao Papa Francisco nossos cumprimentos. Ele pediu a todos que rezassem por ele nesta missão, tão exigente. O nome que escolheu demonstra a maneira que ele quer conduzir a igreja ", disse aos mais de 15 mil participantes da missa. A previsão é que Basílica receba até 70 mil pessoas neste domingo, segundo a assessoria.
Após a celebração, dom Raymundo concedeu uma coletiva de imprensa ao lado do bispo auxiliar de Aparecida, dom Darci Nicioli, onde falou mais sobre como foi o conclave e os desafios que o Papa Francisco vai ter no comando da igreja. O presidente da CNBB brincou com os prognósticos dados antes do conclave.
"Fiz uma previsão que na quinta ou sexta já teríamos Papa, mas o conclave se adiantou um pouco. Na noite do segundo dia já tínhamos o nome. Pelas pesquisas, pela Bolsa de Londres, o Papa seria outro. E após 500 anos da igreja na América Latina, temos um Papa latino", brincou.
Sobre o pontificado de Francisco, dom Raymundo afirmou que a forma de o Santo Padre conduzir a igreja vai ser norteada pelo ‘documento de Aparecida’, que foram escritos da 5ª Conferência Geral do Episcopado Latino-Americano e do Caribe, realizado na cidade em maio de 2007, que teve como o principal elaborador o então cardeal arcebispo de Buenos Aires, Jorge Mario Bergoglio.
“O documento de Aparecida vai ser ainda mais divulgado com ele como Papa, já que ele foi o principal responsável pela elaboração. Ficou por aqui 20 dias e disse que guarda as melhores recordações da cidade. O presente dele para Dilma [Rousseff, presidente do Brasil], para Cristina [Kirchner, presidente da Argentina], foi o documento de Aparecida, certamente este documento vai influenciar no seu magistério, na forma com que ele conduz a igreja, já que nele, citava muito a questão da igreja pobre", disse.
Visita do Papa a Aparecida
Sobre a visita ao Santuário Nacional do pontífice, o arcebispo ainda não teve a confirmação oficial da data por parte do Vaticano. Neste domingo (24), durante a celebração de Ramos em Roma, o Papa Francisco confirmou que vai vir à Jornada Mundial da Juventude, que será realizada no Rio de Janeiro, entre os dias 23 e 28 de julho.
"Não temos ainda qual será a atividade dele aqui, se será antes ou depois da JMJ. Mas, nós aguardamos, porque de certa forma, visitar Aparecida é como visitar todo o Brasil, porque aqui está a padroeira. Mas não há ainda uma confirmação por parte da Santa Sé, que ele venha para cá, e por isso ainda não tomamos nenhuma iniciativa", revelou o arcebispo.
Dom Raymundo acredita que a estadia do Santo Padre será breve e que o Santuário Nacional estará preparado para receber Francisco. “Certamente será uma visita rápida, breve. Se ele vier mesmo, temos todas as condições para recebê-lo aqui dentro do santuário. A cidade pode melhorar alguma coisa, mas não com grandes obras como as que antecederam a visita de Bento XVI", finalizou o arcebispo.
O bispo auxiliar dom Darci Nicioli falou sobre a estrutura que aguarda o Papa Francisco em caso de visita à Basílica. "Nós ainda não sabemos se ele virá de passagem ou vai se hospedar aqui. Caso ele fique, seria a mesma estrutura do Bento XVI. Ele dormiria no Seminário Bom Jesus. A estrutura básica está pronta”, garantiu.
Nicioli disse ainda que a cidade poderia receber melhorias para receber a visita do pontífice, como por exemplo, no sistema viário que dá acesso à Basílica. "A estrutura pode ser melhorada. Nós gostaríamos que o sistema viário no entorno do santuário atendesse à necessidade do público que aqui vem. Nós conseguimos que a feira seja transferida para um local especifico e com isso será liberada a rodovia que passa no entorno do santuário. Certamente algum investimento deve vir para a cidade, na vinda do Papa, mas principalmente é uma questão de organizar melhor. Aparecida já recebeu em um único dia 230 mil pessoas [em 15 de novembro de 1996]. Hoje a estrutura é melhor e certamente comporta um número grande de fiéis que venham até o papa". disse.
Francisco será o terceiro pontífice a passar pelo templo mariano. As outras visitas ocorreram em 1980 e em 2007, e foram feitas pelos seus antecessores João Paulo II e Bento XVI, respectivamente.
POR: CNBB

O encontro histórico entre Papa Francisco e Bento XVI: "Somos irmãos"

Doispapas
O Papa Francisco encontrou-se neste sábado, 23, pela primeira vez com seu predecessor, o Papa emérito, Bento XVI, em Castel Gandolfo, nas proximidades de Roma. Ao meio-dia Francisco se dirigiu de helicóptero à pequena cidade para o encontro com o Papa emérito onde almoçaram juntos num fato sem precedentes na história da Igreja.
Após um voo de 20 minutos o Papa Francisco aterrissou no heliporto das Vilas Pontifícias de Castel Gandolfo, acolhido pelo Papa emérito Bento XVI. Presentes também o Bispo de Albano, Dom Marcello Semeraro e Saverio Petrillo, Diretor das Vilas Pontifícias e Dom Georg Gänswein. Papa Francisco e Bento XVI utilizaram o mesmo automóvel para chegar até a Residência Pontifícia.
Segundo o Diretor da Sala de Imprensa da Santa Sé, Padre Federico Lombardi, o helicóptero papal aterrissou às 12h15, hora de Roma. O Santo Padre estava acompanhado pelo Substituto da Secretaria de Estado, Dom Becciu, por Mons. Sapienza e por Mons. Alfred Xuereb.
Apenas o Papa tocou terra, Bento XVI se aproximou dele e houve um abraço belíssimo entre os dois, disse Pe. Lombardi. Na Residência Apostólica os dois protagonistas deste histórico encontro foram até o apartamento e imediatamente à capela para um momento de oração.
Na capela, o Papa emérito ofereceu o lugar de honra a Papa Francisco, mas esse disse: “Somos irmãos”, e pediu que se ajoelhassem juntos no mesmo banco, contou Pe. Lombardi. Após um breve momento de oração, se dirigiram para a Biblioteca privada, e por volta das 12h30, teve início o encontro reservado que durou cerca de 45 minutos.
Padre Lombardi destacou ainda que o Papa emérito estava vestindo uma simples batina branca, sem faixa e sem capa; ao invés Papa Francisco usou uma batina branca com faixa e capa.
Presentes ainda no almoço os dois secretários, portanto, Dom Georg e Mons. Xuereb.
Padre Lombardi referiu também que Papa Francisco presenteou Bento XVI com um ícone de Nossa Senhora da Humildade. O Santo Padre explicou a Bento XVI que “esta Nossa Senhora é a da Humildade, e eu pensei no senhor e quis dar-lhe um presente pelos muitos exemplos de humildade que nos deu durante o seu Pontificado”, destacou Papa Francisco.
Desde o dia 28 de fevereiro, Bento XVI reside neste local, onde acompanhou a eleição do Cardeal Bergoglio como Sumo Pontífice, e aguarda o fim das reformas no mosteiro Mater Ecclesiae dentro do Vaticano.
Papa Francisco, nos seus discursos, tem manifestado palavras de afeto a Bento XVI, chamando-o, seguidamente de “meu Predecessor, o querido e venerado Papa Bento XVI”. 
Já na sua primeira aparição no balcão central da Basílica de São Pedro disse “Rezemos pelo nosso Bispo emérito Bento XVI. Rezemos todos juntos por ele, para que o Senhor o abençoe e a Virgem Maria o proteja”.
Após o almoço Papa Francisco retornou ao Vaticano.
POR: CNBB / RÁDIO VATICANO

domingo, 24 de março de 2013

Domingo de Ramos

A Semana Santa teve início na Paróquia de Nossa Senhora das Mercês, com sede na cidade de Cuité, na manhã de hoje,Domingo de Ramos (24), com a Procissão dos Ramos saindo da capela de São José no bairro da Bela vista com destino para a Igreja Matriz.
Ao chegar houve a Benção dos Ramos e foi da da continuidade a Santa Missa.

Confira abaixo as imagens da Celebração:

Fonte: PasCom Paroquial







 

























sábado, 23 de março de 2013

Programação da Semana Santa 2013

A Paróquia Nossa Senhora das Mercês, divulgou nesta sexta-feira (22) a Programação da Semana Santa que terá início no próximo domingo (24) e se estenderá até o Domingo de Páscoa (31).
Confira abaixo todas as atividades que acontecerão durante esta semana na Igreja Matriz de Nossa Senhora das Mercês Cuité - PB.

Domingo 24
Procissão de Ramos - Concentração: 06h - Capela de São José - Bela Vista
Missa de Ramos - Igreja Matriz
Missa às 19h30 - Igreja Matriz

Segunda 25
Confissão e Missa dos Feirantes - 10h - Igreja Matriz

Terça 26
Ofício Divino - 05h30 - Igreja Matriz

Quarta 27
Ofício Divino - 05h30 - Igreja Matriz
Confissões - 09h - Igreja Matriz

Quinta 28
Missa da Santa Ceia - 19h30 - Igreja Matriz
Adoração ao Santíssimo

Sexta 29
Via-sacra Pública - 05h
Itinerário: Rua Samuel Furtado p/ o Mirante do Olho dÁgua da Bica.
Concentração: Fórum da Comarca de Cuité

Celebração da Paixão do Senhor - 16h - Igreja Matriz
Procissão do Senhor Morto

Sábado 30
Bênção do Fogo - Praça da Saudade - 21h
Procissão da Luz p/ a Igreja Matriz
Vigília Pascal

Domingo 31
Páscoa das Crianças - 09h - Igreja Matriz
Missa da Páscoa - 16h - Distrito do Melo
Missa da Páscoa - 19h30 - Igreja Matriz

quarta-feira, 20 de março de 2013

Papa Francisco recebe presidente Dilma Roussef nesta quarta-feira


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Após participar na manhã desta terça-feira, 19 de março, da missa de inauguração do pontificado do Papa Francisco, a Presidente da República Dilma Roussef cumprimentou o Santo Padre e conversou por alguns minutos com ele, dentro da Basílica de São Pedro, no Vaticano. Antes do encontro, a presidente disse que sua intenção era falar sobre o combate à pobreza e à fome. E está marcado um encontro dos dois líderes nesta quarta-feira, às 11h de Roma, (7h de Brasília).
Dilma elogiou o empenho do Papa em dar prioridade aos pobres, mas pediu que ele compreenda as “opções diferenciadas” no mundo. Ela ressaltou ontem que Francisco “tem um papel importante a cumprir”.
Na homilia, o papa apelou aos líderes políticos para que sejam responsáveis. Francisco usou as expressões “por favor” e “pedir” ao se dirigir aos líderes para que assumam o papel de “guardiões”, afastando os riscos de destruição e morte do mundo. “Queria pedir, por favor, a quantos ocupam cargos de responsabilidade em âmbito econômico, político ou social, a todos os homens e mulheres de boa vontade: sejamos 'guardiões' da criação, do desígnio de Deus inscrito na natureza, guardiões do outro, do ambiente; não deixemos que sinais de destruição e morte acompanhem o caminho deste nosso mundo”, disse Francisco.
Pelo menos 132 países enviaram delegações. Dilma participou da missa acompanhada por uma comitiva de ministros e assessores. De acordo com a Santa Sé, também estavam presentes 32 líderes de distintas religiões.
POR: CNBB

Primeira missa do Papa Francisco: "Cuidar das pessoas que estão na periferia do nosso coração"


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Desde as primeiras horas da manhã de hoje, 19 de março, a praça São Pedro começou a receber chefes de estado, líderes religiosos e peregrinos para a missa de inauguração do pontificado do papa Francisco. Antes do início da cerimônia, o Papa Francisco desfilou em carro aberto pela praça, e em seguida desceu ao túmulo de São Pedro, embaixo do altar da Confissão, dentro da Basílica. Depois de se deter alguns minutos em oração, incensou o Trophaeum apostólico e se juntou à procissão de cardeais concelebrantes.
À frente, estavam os diáconos levando o Pálio pastoral, o Anel do Pescador e o Evangelho. Já fora da Basílica, no altar da Praça São Pedro, o cardeal-protodiácono, Jean-Louis Tauran, impôs o Pálio (estola decorada com as cruzes do martírio); o cardeal protopresbítero Godfried Danneels, fez uma oração, e o cardeal decano Angelo Sodano entregou ao Pontífice o Anel do Pescador. Neste momento, seis cardeais, em nome de todo o Colégio Cardinalício, prestaram obediência ao Papa.
Todos os cardeais, patriarcas e arcebispos maiores das Igrejas orientais católicas; o secretário do Conclave, Dom Lorenzo Baldisseri, e os padres Fr. Jose' Rodriguez Carballo e Alfonso Nicolas SJ, respectivamente presidente e vice-presidente da União dos Superiores Gerais, concelebraram com Francisco a sua primeira Missa como Papa.
Também acompanharam a celebração o presidente da Itália, Giogio Napolitano; as presidentes da Argentina, Cristina Kirchner; e do Brasil, Dilma Rousseff, entre outros. Todos os chefes de estado e delegações estrangeiras foram recebidos pelo papa, após a missa, na Basílica de São Pedro.
A seguir, a íntegra da homilia do papa Francisco, na missa de hoje, solenidade de São José, patrono da Igreja.
“Queridos irmãos e irmãs!
Agradeço ao Senhor por poder celebrar esta Santa Missa de início do ministério petrino na solenidade de São José, esposo da Virgem Maria e patrono da Igreja universal: é uma coincidência densa de significado e é também o onomástico do meu venerado Predecessor: acompanhamo-lo com a oração, cheia de estima e gratidão.
Saúdo, com afecto, os Irmãos Cardeais e Bispos, os sacerdotes, os diáconos, os religiosos e as religiosas e todos os fiéis leigos. Agradeço, pela sua presença, aos Representantes das outras Igrejas e Comunidades eclesiais, bem como aos representantes da comunidade judaica e de outras comunidades religiosas. Dirijo a minha cordial saudação aos Chefes de Estado e de Governo, às Delegações oficiais de tantos países do mundo e ao Corpo Diplomático.
Ouvimos ler, no Evangelho, que «José fez como lhe ordenou o anjo do Senhor e recebeu sua esposa» (Mt 1, 24). Nestas palavras, encerra-se já a missão que Deus confia a José: ser custos, guardião. Guardião de quem? De Maria e de Jesus, mas é uma guarda que depois se alarga à Igreja, como sublinhou o Beato João Paulo II: «São José, assim como cuidou com amor de Maria e se dedicou com empenho jubiloso à educação de Jesus Cristo, assim também guarda e protege o seu Corpo místico, a Igreja, da qual a Virgem Santíssima é figura e modelo» (Exort. ap. Redemptoris Custos, 1).Como realiza José esta guarda? Com discrição, com humildade, no silêncio, mas com uma presença constante e uma fidelidade total, mesmo quando não consegue entender. Desde o casamento com Maria até ao episódio de Jesus, aos doze anos, no templo de Jerusalém, acompanha com solicitude e amor cada momento. Permanece ao lado de Maria, sua esposa, tanto nos momentos serenos como nos momentos difíceis da vida, na ida a Belém para o recenseamento e nas horas ansiosas e felizes do parto; no momento dramático da fuga para o Egipto e na busca preocupada do filho no templo; e depois na vida quotidiana da casa de Nazaré, na carpintaria onde ensinou o ofício a Jesus.
Como vive José a sua vocação de guardião de Maria, de Jesus, da Igreja? Numa constante atenção a Deus, aberto aos seus sinais, disponível mais ao projecto d’Ele que ao seu. E isto mesmo é o que Deus pede a David, como ouvimos na primeira Leitura: Deus não deseja uma casa construída pelo homem, mas quer a fidelidade à sua Palavra, ao seu desígnio; e é o próprio Deus que constrói a casa, mas de pedras vivas marcadas pelo seu Espírito. E José é «guardião», porque sabe ouvir a Deus, deixa-se guiar pela sua vontade e, por isso mesmo, se mostra ainda mais sensível com as pessoas que lhe estão confiadas, sabe ler com realismo os acontecimentos, está atento àquilo que o rodeia, e toma as decisões mais sensatas. Nele, queridos amigos, vemos como se responde à vocação de Deus: com disponibilidade e prontidão; mas vemos também qual é o centro da vocação cristã: Cristo. Guardemos Cristo na nossa vida, para guardar os outros, para guardar a criação!
Entretanto a vocação de guardião não diz respeito apenas a nós, cristãos, mas tem uma dimensão antecedente, que é simplesmente humana e diz respeito a todos: é a de guardar a criação inteira, a beleza da criação, como se diz no livro de Génesis e nos mostrou São Francisco de Assis: é ter respeito por toda a criatura de Deus e pelo ambiente onde vivemos. É guardar as pessoas, cuidar carinhosamente de todas elas e cada uma, especialmente das crianças, dos idosos, daqueles que são mais frágeis e que muitas vezes estão na periferia do nosso coração. É cuidar uns dos outros na família: os esposos guardam-se reciprocamente, depois, como pais, cuidam dos filhos, e, com o passar do tempo, os próprios filhos tornam-se guardiões dos pais. É viver com sinceridade as amizades, que são um mútuo guardar-se na intimidade, no respeito e no bem. Fundamentalmente tudo está confiado à guarda do homem, e é uma responsabilidade que nos diz respeito a todos. Sede guardiões dos dons de Deus!
E quando o homem falha nesta responsabilidade, quando não cuidamos da criação e dos irmãos, então encontra lugar a destruição e o coração fica ressequido. Infelizmente, em cada época da história, existem «Herodes» que tramam desígnios de morte, destroem e deturpam o rosto do homem e da mulher.
Queria pedir, por favor, a quantos ocupam cargos de responsabilidade em âmbito económico, político ou social, a todos os homens e mulheres de boa vontade: sejamos «guardiões» da criação, do desígnio de Deus inscrito na natureza, guardiões do outro, do ambiente; não deixemos que sinais de destruição e morte acompanhem o caminho deste nosso mundo! Mas, para «guardar», devemos também cuidar de nós mesmos. Lembremo-nos de que o ódio, a inveja, o orgulho sujam a vida; então guardar quer dizer vigiar sobre os nossos sentimentos, o nosso coração, porque é dele que saem as boas intenções e as más: aquelas que edificam e as que destroem. Não devemos ter medo de bondade, ou mesmo de ternura.A propósito, deixai-me acrescentar mais uma observação: cuidar, guardar requer bondade, requer ser praticado com ternura. Nos Evangelhos, São José aparece como um homem forte, corajoso, trabalhador, mas, no seu íntimo, sobressai uma grande ternura, que não é a virtude dos fracos, antes pelo contrário denota fortaleza de ânimo e capacidade de solicitude, de compaixão, de verdadeira abertura ao outro, de amor. Não devemos ter medo da bondade, da ternura!
Hoje, juntamente com a festa de São José, celebramos o início do ministério do novo Bispo de Roma, Sucessor de Pedro, que inclui também um poder. É certo que Jesus Cristo deu um poder a Pedro, mas de que poder se trata? À tríplice pergunta de Jesus a Pedro sobre o amor, segue-se o tríplice convite: apascenta os meus cordeiros, apascenta as minhas ovelhas. Não esqueçamos jamais que o verdadeiro poder é o serviço, e que o próprio Papa, para exercer o poder, deve entrar sempre mais naquele serviço que tem o seu vértice luminoso na Cruz; deve olhar para o serviço humilde, concreto, rico de fé, de São José e, como ele, abrir os braços para guardar todo o Povo de Deus e acolher, com afecto e ternura, a humanidade inteira, especialmente os mais pobres, os mais fracos, os mais pequeninos, aqueles que Mateus descreve no Juízo final sobre a caridade: quem tem fome, sede, é estrangeiro, está nu, doente, na prisão (cf. Mt 25, 31-46). Apenas aqueles que servem com amor capaz de proteger.
Na segunda Leitura, São Paulo fala de Abraão, que acreditou «com uma esperança, para além do que se podia esperar» (Rm 4, 18). Com uma esperança, para além do que se podia esperar! Também hoje, perante tantos pedaços de céu cinzento, há necessidade de ver a luz da esperança e de darmos nós mesmos esperança. Guardar a criação, cada homem e cada mulher, com um olhar de ternura e amor, é abrir o horizonte da esperança, é abrir um rasgo de luz no meio de tantas nuvens, é levar o calor da esperança! E, para o crente, para nós cristãos, como Abraão, como São José, a esperança que levamos tem o horizonte de Deus que nos foi aberto em Cristo, está fundada sobre a rocha que é Deus.
Guardar Jesus com Maria, guardar a criação inteira, guardar toda a pessoa, especialmente a mais pobre, guardarmo-nos a nós mesmos: eis um serviço que o Bispo de Roma está chamado a cumprir, mas para o qual todos nós estamos chamados, fazendo resplandecer a estrela da esperança: Guardemos com amor aquilo que Deus nos deu!Peço a intercessão da Virgem Maria, de São José, de São Pedro e São Paulo, de São Francisco, para que o Espírito Santo acompanhe o meu ministério, e, a todos vós, digo: rezai por mim! Amem.
POR: CNBB

Diácono Hebert é ordenado Sacerdote


Pe. Hebert Pereira Guedes. Este é o mais novo sacerdote da Igreja particular de Campina Grande. A ordenação Presbiteral aconteceu na noite desta segunda-feira (18) na Igreja Matriz da Paróquia de Nossa Senhora das Graças, no bairro da Liberdade. Fieis, seminaristas e um numeroso clero participaram da Concelebração.
Dom Manoel Delson pediu, no início da celebração, que todos “se coloquem diante de Deus com o coração agradecido porque Ele concedeu este irmão para o Ministério Sacerdotal”. O Bispo fez os agradecimentos à família e aos formadores de Pe. Hebert afirmando que o eleito é um presente de Deus. “Nesta Missa em que vamos ungi-lo, a Diocese agradece a todos os seus formadores (Seminário) e também a seus pais, Seu Fabrício e Dona Mércia”. Ele ainda lembrou da forte decisão de entrega da família: “os pais oferecem seus filhos para a Igreja, e nós precisamos tanto... por isso a nossa alegria, por isso a nossa satisfação, o nosso brilho no olhar. Deus nos presenteia com mais um sacerdote”. Disse Dom Delson.
O neossacerdote falou da sua felicidade em assumir o compromisso com a Santa Igreja. “Realmente eu estou muito feliz por este momento, pois nós estamos sempre caminhando há tantos anos na vida do Seminário, nas pastorais, nas comunidades e sentindo o chamado de Deus a cada dia, a cada momento. Então me sinto feliz por responder ‘sim’  este chamado e poder servir ao povo de Deus”, disse.
Pe. Luciano Guedes, da Paróquia de Nossa Senhora das Mercês (Cuité), apresentou o eleito ao Bispo, afirmando que o então Diácono Hebert é digno de assumir o Sacerdócio. Após o rito de Ordenação, que acontece após a homilia, o neossacerdote foi saudado por todos os padres presentes que beijam suas mãos ungidas e o abraçam, assim como o Bispo, em sinal de acolhida e fraternidade.



No final da celebração, Pe. Hebert fez seus agradecimentos. “Agradeço a todos que vieram, a todos que colaboraram, trabalharam, me ajudaram de modo material e também com orações. Que Deus abençoe copiosamente a cada um”, disse o neossacerdote. À Pastoral da Comunicação, Pe. Hebert falou sobre o sacerdócio: “Não sou digno deste ministério, é o Senhor quem nos chama, quem nos capacita, mas eu quero responder a Ele com amor. Sei que sou padre, que sou tirado do meio do povo para voltar ao povo como servo”.

Pascom Diocesana

CNBB apresenta a Cidade da Fé


RioCentro19032013
Evento que será realizado de 20 a 26 de julho nasce para dar suporte aos peregrinos e à Igreja do Brasil durante a JMJ Rio 2013.
Imagine um local que reúna toda a diversidade católica e ainda sirva de apoio aos peregrinos e religiosos (as) da Jornada Mundial da Juventude (JMJ) no Rio de Janeiro (RJ). É sob esse contexto de entretenimento e centro de apoio que a CNBB, em parceria com a Promocat Marketing Integrado - empresa responsável pela promoção e organização do evento – criou a "Cidade da Fé", evento que acontecerá em conjunto com a JMJ, no Centro de exposições Riocentro, localizado na Barra da Tijuca.
Cidade da Fé é o nome dado ao local que reunirá eventos como a tradicional Feira de artigos religiosos ExpoCatólica - Feira Internacional de Livros e Artigos Religiosos; o FÉSTIVAL, -Festival Internacional de Turismo Religioso - setor que conta com o apoio dos Estados brasileiros e do Ministério do Turismo; a Expo Vocacional, área da ExpoCatólica destinada às Congregações religiosas, e,  o Bote Fé Brasil, última edição do evento que marcou a peregrinação da Cruz e do Ícone de Nossa Senhora pelas dioceses do Brasil.
Segundo Dom Leonardo Ulrich Steiner, Secretário Geral da CNBB, "os eventos regionais do Bote Fé e a Campanha da Fraternidade de 2013 sobre a Juventude, estão contribuindo ativamente para a promoção e divulgação da JMJ Rio 2013, além de despertar nos jovens a importância de sua participação na vida da Igreja. Concluir essa caminhada de quase dois anos com um evento de abrangência internacional foi uma forma encontrada para agradecer a acolhida e o envolvimento de toda a Igreja do Brasil nesse projeto, que deixará frutos em todas as comunidades”.
O evento ocupará mais de 70 mil metros quadrados do Riocentro, começando dentro da programação oficial da Semana Missionária e se estendendo para os dias da própria Jornada. "Serão sete dias de muitas atrações como shows e entretenimento, exposições culturais, fóruns, congressos, tudo preparado especialmente para receber as centenas de milhares de pessoas de mais de 190 países que estarão no Rio de Janeiro para a JMJ Rio 2013" - relata Fábio Castro, Coordenador operacional da Cidade da Fé e Diretor Geral da Promocat Marketing.
Segundo padre Valdeir dos Santos Goulart, Coordenador Geral do evento e Assessor da CNBB, a Cidade da Fé foi aprovada pelos organizadores da Jornada: "Quando tivemos a ideia da realização deste evento, logo apresentamos ao COL (Comitê Organizador Local da JMJ Rio 2013) que solicitou autorização ao Pontifício Conselho para os Leigos (PCL). Com a devida autorização, passamos a construir o projeto em parceria com a Promocat, aproveitando toda estrutura oferecida pelo Riocentro" - disse padre Valdeir. "Uma estrutura tão grande, que servirá como Centro de Apoio para a  Igreja do Brasil, onde as dioceses e congregações além das Embaixadas e Consulados poderão acolher e dar suporte a seus peregrinos. Um verdadeiro ponto de encontro para atender a Igreja" - completou.

No local as paróquias, congregações, grupos, movimentos e dioceses terão uma estrutura apropriada para reunir seus membros durante a Jornada, com várias ações e áreas de apoio como postos de saúde e acesso a internet, por exemplo. Em parceria com a Prefeitura do Rio de Janeiro, linhas de ônibus especiais ligarão os principais pontos de hospedagem e turísticos da Cidade até o Riocentro, além de ônibus exclusivos para transportar os milhares de padres, bispos e religiosos (as) que estarão na cidade. O projeto conta também com o apoio dos Governos Estadual, Municipal e Federal, além da Arquidiocese do Rio de Janeiro.
Além das atrações de responsabilidade da CNBB, outros eventos oficiais da JMJ Rio 2013 também acontecerão na Cidade da Fé. "A partir do dia 23 de julho as áreas do Riocentro estarão exclusivamente voltadas para atender as necessidades da Jornada, não promovendo concorrência com os eventos dos Atos Centrais" - disse Pe. Carlos Sávio, coordenador pastoral da Cidade da Fé e membro da Comissão Episcopal para a Juventude da CNBB.
Eventos realizados simultaneamente na Cidade da Fé e ExpoCatólica Rio
A ExpoCatólica é uma Feira pastoral e profissional realizada anualmente com o objetivo de organizar e promover o segmento religioso Católico. Lançado em 2002 na cidade de São Paulo-SP, o evento tem como objetivo principal, além de promover o segmento, encurtar a distância entre o produtor e o consumidor, atendendo a cadeia de distribuição com as especificidades que a Igreja exige.
É reconhecida mundialmente por apresentar as principais empresas produtoras de livros e artigos religiosos do Brasil e de vários países do mundo os quais participam frequentemente da Feira. Um lugar onde o visitante encontra tudo o que precisa para ele e para abastecer sua loja ou comunidade.
FÉSTIVAL - Festival de Turismo Religioso 
No FÉSTIVAL, fé e turismo se misturam. Uma mostra para promover e incentivar a comercialização dos produtos desse setor que vem se expandindo a cada ano, onde o expositor se encontrará com esses peregrinos do mundo todo.

Expo Vocacional
A Expo Vocacional é um setor da ExpoCatólica criado em 2005 para promover os carismas da Igreja Católica. Nessa área haverá palcos para shows, pregações, momentos de oração, além de tendas para oficinas e Adoração ao Santíssimo Sacramento montados próximos aos estandes dos expositores que divulgam seus carismas. Expositores da Feira Vocacional JMJ Rio 2013 também participam dessa área na Cidade da Fé.
Bote Fé Brasil 
Os eventos locais com a marca "Bote Fé" são realizados mensalmente pela CNBB nas principais dioceses por onde a Cruz Peregrina e o Ícone de Nossa Senhora estão passando com o projeto de peregrinação que, além dos objetivos pastorais, divulga a JMJ Rio 2013. Com grandes Shows de música católica os Botes Fé locais estão atraindo milhões de pessoas nas principais cidades do Brasil. Dentro da Cidade da Fé, no Rio de Janeiro, junto com a JMJ Rio 2013, haverá a última edição de fechamento desta peregrinação que recebeu o nome de Bote Fé Brasil. Como não se consegue imaginar um evento de jovens sem que se pense também na música, foi preparada uma vasta programação em parceria com as principais gravadoras do Brasil para realizar Shows com artistas consagrados da música católica e secular.
Espaço ADORAR
Ação, Doação, Oração, Respeito, Atitude e Recreação. A proposta desse espaço é que o jovem se conscientize de seu papel cristão na sociedade para ajudar o próximo dentro do contexto da fraternidade. No Espaço "ADORAR" o jovem poderá fazer doações de agasalhos, alimentos e do próprio sangue que será recolhido por profissionais da saúde.
POR: CNBB / CIDADE DA FÉ

Caminhada Penitencial tem recorde de público


O domingo nublado com clima ameno contribuiu para que a Caminhada Penitencial da Diocese de Campina Grande tivesse, em sua 15ª edição, um recorde de público. O povo foi para as ruas e se juntou no percurso entre a Catedral e o Convento Ipuarana numa demonstração de fé e de que a Igreja está mais viva do que nunca.
Cerca de 40 mil pessoas estiveram na Caminhada, que contou com a participação do Bispo Diocesano, Dom Manoel Delson, pela primeira vez.  Ele caminhou no meio da multidão e afirmou estar “feliz com a demonstração de fé do povo desta diocese”. A participação da juventude em grande número foi outra marca desta Caminhada.
Pe. Márcio Henrique, vigário-geral e coordenador da Caminhada, celebrou a Missa às 5h30 dando início ao evento. Ele conduziu, de cima do trio, as orações e a Via-Sacra, ao lado do seminarista Rodolfo Lucena. Uma equipe de canto conduzia as melodias que auxiliaram a meditação durante todo percurso.
Jovens, adultos, idosos e até crianças participaram da caminhada. Inúmeras pessoas caminhavam com os pés descalços, como a dona Maria Anunciada, das Malvinas. “Estou pagando uma promessa. Deus me concedeu uma graça e eu estou aqui, mostrando pra ele toda minha gratidão”, disse a dona de casa.
Para Dom Delson, esta caminhada demonstra que a Igreja está viva e que as pessoas estão dispostas a viver esta fé. “Uma multidão que vem dizer a Deus, através desta caminhada, que quer mudar de vida, que quer seguir a Jesus , que está disposta à conversão”, exclamou o Bispo.
A STTP, Exército, Polícia Rodoviária Federal e CPTran fizeram toda a organização do percurso, conduzindo as pessoas por uma faixa só das avenidas Floriano Peixoto e Manoel Tavares e na BR104. Grupos de pastorais, movimentos e serviços colaboraram com os órgãos públicos e ainda fizeram parte de toda organização. Água mineral foi distribuída em vários pontos do percurso, o lixo deixado pelo chão foi recolhido após a passagem da multidão e, além disso, os voluntários auxiliavam no trabalho as Ambulâncias e dos veículos que recolhiam as pessoas que não aguentavam mais seguir o caminho a pé.
No Convento Ipuarana, o Bispo conduziu um momento de bênçãos aos participantes da Caminhada. Ele reforçou que este momento deve ser entendido como uma oportunidade de conversão.

Pascom Diocesana

segunda-feira, 18 de março de 2013

Santa Sé apresenta brasão do novo Papa


BrasaopapaFranciscoA Rádio Vaticano divulgou na manhã desta segunda-feira, 18 de março, o brasão do Papa Francisco. O símbolo possui a mensagem "Miserando atque eligendo" - "Com misericórdia o chamou".
No Escudo, em seus traços, essenciais, o Papa Francisco decidiu manter seu brasão anterior, escolhido desde sua consagração episcopal e caracterizado por uma simples linearidade.
O escudo azul é coberto por símbolos da dignidade pontifícia, iguais aqueles de Bento XVI (mitra posicionada entre chaves de ouro e prata entrecruzadas, unidas por um cordão vermelho). No alto, está o emblema da ordem de proveniência do Papa, a Companhia de Jesus: um sol radiande e flamejante carregado com as letras, em vermelho, IHS, monograma de Cristo. A letra H é coberta por uma cruz em ponta e três pregos em preto.
Abaixo, encontram-se a estrela e a flor de nardo. A estrela, de acordo com a antiga tradição araldica, simboliza a Virgem Maria, mãe de Cristo e da Igreja; enquanto a flor de nardo indica São José, patrono da Igreja. Na tradição da iconografia hispânica, de fato, São José é representado com um ramo de nardo nas mãos. Colocando no seu escudo tais imagens, o Papa pretendeu exprimir a própria particular devoção à Virgem Santíssima e São José.
POR: CNBB / RÁDIO VATICANO

  Ordenação
                                       Presbiteral 
                                   

É
 com imensa alegria que a Diocese de Campina Grande, Meus Familiares e eu,Diácono Herbert Pereira Guedes,Convidamos vossa senhoria e família para a Celebração Eucarística na qual pela imposição das mãos e Oração  Consecratória do nosso pastor Dom Frei Manoel Delson Pedreira da Cruz, Ofmcap, Bispo Diocesano de Campina Grande, serei ordenado presbítero da Santa Igreja.
                              Lema Vocacional:  
  "Senhor,tu conheces tudo,e sabes que eu te amo"
                     (Jo. 21,17c)

Data:18 de Março de 2013                  
(Vésperas da Solenidade de São José)
Local: Igreja Matriz de Nossa Senhora Das Graças
Rua:Amazonas,590 - Liberdade  
Campina Grande - PB
Hora:19:30 hs. 


                            
Primeiras Presidências Eucarísticas 

                                        Dia 21 De Março ás19:30 h
                            Igreja Matriz de Nossa Senhora Das Mercês
                                                     Cuité - PB

Primeiro "Angelus" do Papa Francisco: Domingo é dia de encontro e de conversa


papafrancisco.angelus1Uma multidão de mais de 150 mil pessoas lotou a Praça São Pedro e todas as ruas vizinhas, para assistir e rezar junto com o Papa a sua primeira oração do Angelus, neste domingo, 17 de março. Francisco apareceu na janela de seu apartamento para rezar e abençoar os fiéis, turistas e romanos.
Desde as primeiras horas do dia, o movimento já era grande. Toda a área foi interditada ao tráfico e ao estacionamento. Francisco fez um discurso informal, falando de improviso e apenas em italiano.
Ele saudou com as mãos e com um grande sorriso, recebendo em troca aplausos e muito entusiasmo. A popularidade de Francisco tem aumentado a cada dia desde que se tornou, quarta-feira passada, o primeiro Papa latino-americano da história. Chegou ao balcão com o seu modo simples, os braços ao longo do corpo e a mão direita ao alto, saudando o povo. “Bom dia!” – foram as suas primeiras palavras.
Lembrando o episódio da mulher adúltera que Jesus salva da condenação, Francisco ressaltou o valor e a importância da misericórdia e do perdão nos dias de hoje: “Deus jamais se cansa de nos perdoar. Nós é que nos cansamos de pedir perdão. Temos de aprender a ser misericordiosos com todos”, afirmou.
Antes disso, Francisco disse que estava contente de estar com os fiéis domingo, “dia do Senhor, dia de se cumprimentar, de se encontrar e conversar, como aqui, agora, nesta Praça, uma praça que graças à mídia, é do tamanho do mundo!”.
A propósito da leitura evangélica, Francisco encorajou os fiéis citou a atitude de Jesus, que não desprezou nem condenou a adúltera, mas disse apenas palavras de amor e misericórdia, que convidavam à conversão.
“Vocês já pensaram na paciência que Deus tem com cada um de nós? É a sua misericórdia: Ele nos compreende, nos recebe, não se cansa de nos perdoar se soubermos voltar a Ele com o coração arrependido. É grande a misericórdia do Senhor!”.
Dando andamento ao discurso, o Papa citou um livro lido nestes dias sobre a misericórdia, de autoria do Cardeal Walter Kasper, “um ótimo teólogo”. “O livro faz entender que a palavra ‘misericórdia’ muda tudo; torna o mundo menos frio e mais justo” – disse, ressalvando que com isso “não quer fazer publicidade ao livro do cardeal”. Depois, completou lembrando o Profeta Isaias, que afirma que “se nossos pecados fossem vermelho escarlate, o amor de Deus os tornaria brancos, como a neve”.
Sem ler um texto preparado, Francisco contou à multidão um fato de quando era bispo, em 1992, e uma senhora de mais de 80 anos, muito simples (uma ‘vovó’, ele disse, ndr) quis se confessar com ele. Diante de sua surpresa, a idosa lhe disse “Nós todos temos pecados! Se Deus não perdoasse tudo, o mundo não existiria...!”. De seu balcão, Francisco brincou com os fiéis arriscando que a senhora “havia estudado na Universidade Gregoriana de Roma”.
Telões foram montados em toda a área para transmitir as imagens do Papa, enquanto helicópteros sobrevoavam o centro de Roma, e o Papa continuava seu discurso:
“É, o problema é que nós nos cansamos de pedir perdão a Deus. Invoquemos a intercessão de Nossa Senhora, que teve em seus braços a misericórdia de Deus em pessoa, no menino Jesus”.

O bispo de Roma, que é argentino, lembrou ainda que as origens da sua família são italianas, sublinhando, no entanto, que “nós fazemos parte de uma família maior, a família da Igreja, que caminha unida no Evangelho”.
Despedindo-se dos fiéis, Francisco disse palavras ainda mais simples: “Bom domingo e bom almoço!”.
POR: CNBB/RADIO VATICANO

Manhã de pároco do Papa


papafranscisco.missa17.03Papa Francisco chegou à Paróquia de Santa Ana, dentro da Cidade do Vaticano, pouco antes das 9h locais, para celebrar a missa deste domingo, 17 de março. Antes de entrar na pequena igreja, o Pontífice parou para cumprimentar a multidão que o aguardava do lado de fora. Apertou mãos, fez carinho nas crianças e trocou palavras com muitas pessoas.
Chegando perto da Porta Angélica, confim com a cidade de Roma, o Papa reconheceu dois sacerdotes argentinos que estavam em meio aos fiéis e os chamou para a missa. Francisco foi recebido pelo vigário para a Cidade do Vaticano, Cardeal Angelo Comastri.
Sua homilia foi breve e tratou do episódio evangélico do perdão concedido por Jesus à mulher adúltera, por ele salva da lapidação com as palavras “Quem não tem pecado atire a primeira pedra”.
“Digo humildemente – começou – para mim, a mensagem mais forte do Senhor é a misericórdia. Acredito que às vezes, nós somos como aquele povo: por um lado, queremos ouvir Jesus, mas por outro, gostamos de criticar ou condenar os outros”.
O Papa disse que não é fácil entregar-se à misericórdia de Deus, porque é um abismo incompreensível; mas devemos fazê-lo! E garantiu que Jesus perdoa os pecados, tem a capacidade “de esquecer”, gosta se lhe contamos nossas coisas; beija, abraça e diz “Não te condeno; vai e não peque mais”.
“Este é o único conselho que dá. E mesmo se voltarmos depois de um mês e lhe contarmos novos pecados, o Senhor não se cansará de perdoar: jamais. Somos nós que nos cansamos de Lhe pedir perdão. Pedimos a graça de não nos cansarmos de pedir perdão” – encerrou.
Antes de terminar a missa, o Papa Francisco interrompeu por alguns momentos a celebração para homenagear um jovem missionário.
Foi ao microfone e disse que dentre os fiéis, alguns não eram membros da paróquia, mas que “hoje são como paroquianos”:
“Quero lhes apresentar um padre que trabalha com meninos de rua, com os abandonados. Fez muito por eles, como uma escola que restitui dignidade aos meninos e meninas da rua, que agora, amam Jesus. E pediu a Gonsalvo que fosse ao altar para cumprimentar todos. O padre trabalha no Uruguai, onde fundou a escola João Paulo II.
Ao encerrar a missa, o Papa saiu e apertou as mãos de todos, um por um, abraçando a falando com mais intimidade com alguns.
POR: CNBB/RADIO VATICANO

Papa Francisco aos jornalistas: dom Claudio Hummes é um grande amigo


papafrancisco13No encontro com os profissionais de imprensa neste sábado, 16 de março, Papa Francisco disse que, no Conclave, logo após sua eleição, ouviu de dom Claudio Hummes: "não se esqueça dos pobres". O comentário do arcebispo emérito de São Paulo, seu grande amigo, o ajudou a escolher o nome de Francisco.
Papa Francisco foi ovacionado pelo público. Sentou-se em sua cadeira no centro do palco e ouviu a saudação do Presidente do Pontifício Conselho das Comunicações Sociais, o Arcebispo Claudio Maria Celli.
Em seguida, leu um breve discurso, agradecendo todos pelo precioso serviço realizado nos dias passados, na cobertura do Conclave e em sua eleição.
Vocês trabalharam!” – exclamou, recebendo um imediato aplauso. Disse ainda que a Igreja e a mídia estão juntas para comunicar a verdade, a bondade e a beleza: “Todos nós somos chamados a comunicar esta tríade, essencial”.
Papa Francisco quis explicar porque “o Bispo de Roma quis se chamar Francisco”. E contou, de modo informal, que a seu lado, no Conclave, estava sentado o arcebispo emérito de São Paulo, Cardeal Cláudio Hummes, “um grande amigo, grande amigo”.
Quando a coisa ficou “mais perigosa” – prosseguiu – ele me confortava, e quando os votos chegaram a dois terços, momento em que há o aplauso habitual porque o Papa é eleito – ele me abraçou, me beijou e disse “não se esqueça dos pobres”.
Aquela palavra entrou aqui – disse, indicando a cabeça – ‘os pobres, os pobres’. Aí, pensei em Francisco de Assis e depois, nas guerras. E Francisco é o homem da paz, o homem que ama e tutela a Criação... neste momento em que nosso relacionamento com o meio-ambiente não é tão bom, né?”.
Francisco é o homem que nos dá este espírito de paz, o homem pobre... “Ai, como gostaria de uma Igreja pobre e pelos pobres!”.
Depois de saudar pessoalmente alguns jornalistas, o Papa Francisco concluiu, em espanhol:
Disse que lhes daria a minha benção de coração. Muitos de vocês não pertencem à Igreja Católica, outros não crêem. Concedo minha benção, de coração, no silêncio, a cada um de vocês, respeitando a consciência de todos, mas sabendo que cada um de vocês é filho de Deus. Que Deus os abençoe”.
POR: CNBB/RADIO VATICANO