quinta-feira, 10 de agosto de 2017

Nossa História e suas memórias

Por Marié Dantas

A fundação da cidade de Cuité cabe ao coronel de milícias Caetano Dantas Correia, que juntamente com sua esposa dona Josefa de Araújo Pereira, doou meia légua de terras( 300 hectares) nas proximidades do Olho D'água do Cuité, passando no meio da lagoa, com divisória em pedras e chagando até a atual rua sete de Setembro, para constituição do patrimônio de uma capela, que pretendiam erigir com invocação a Nossa Senhora das Mercês.

 A referida escritura de doação, datada de 17 de julho de 1768, foi lavrada na povoação de Nossa Senhora do Bom Sucesso do Piancó, pelo escrivão Antônio Gonçalves Reis Lisboa.
          Em 12 de agosto de 1801, os moradores da Serra do Cuité, reuniram-se na vila de Mamanguape, em casa do vigário João Feijó e na presença do padre João Francisco Fernandes, assinaram um termo, no qual, se obrigavam a sustentar seus párocos, tomando por base os princípios estabelecidos na freguesia de Nossa Senhora Santana, sediada na Vila Nova do Príncipe (atual município de Caicó, no Rio Grande do Norte), da qual seria desvinculada a nova sede paroquial.

Pela Lei Provincial n° 04, de 27 de maio de 1854, a povoação da Serra do Cuité foi elevada à categoria de vila, com a denominação de ‘Vila do Cuité.

Em 25 de junho de 1872, pela Lei n° 480, foi criada a Comarca de Borborema com sede na Vila do Cuité, sendo seu primeiro juiz de direito, o Dr. Alfredo da Gama Montezuma.

Por razões políticas, a Comarca de Cuité foi transferida em 29 de outubro de 1904 para Picuí, dando-se sua instalação em 24 de novembro do mesmo ano.

 Em 1911, com a nova divisão administrativa do Brasil, Cuité passou a ser subordinada a Picuí, que ganhou foro de município. Esta condição durou até 18 de dezembro de 1936.

A emancipação política de Cuité foi sendo fruto de um movimento popular, onde se destacaram Jeremias Venâncio dos Santos, João Venâncio da Fonseca, João Teodósio da Silva, Basílio Fonseca, padre Luiz Santiago, Rivaldo Fonseca, Benedito Venâncio, Jovino Pereira e Pedro Viana da Costa, que seria o primeiro prefeito constitucional do novo município, oficialmente instalado no dia 25 de janeiro de 1937.

A História da cidade tem como base a religião Católica, que é representada na própria bandeira do Município traçado ao meio uma grande cruz.

Entre os anos de 1843 a 1891, grande parte da população morria cedo, naquela época a velhice chega aos 40 anos. Muitas crianças morriam cedo ( na faixa de quinze dias, meses, ano e meio), nesta época era a Igreja Católica que registrava os óbitos ocorridos.

Neste período de 1843 a 1891, compreendia afreguesia de Cuité: Barra de Santa Rosa, Pedra Lavrada, Baraúna, Cumarus, Picuí (até inicio de 1871).

As causa morte eram várias: moléstia inteiriça, espasmo, veneno de cascavel, tossecatarro; assassinado com tiros, facadas, chagas na garganta, mordedura de cobra, queimadura de fogo, doença maligna, febres.

As pessoas eram sepultadas com vestes (hábitos) brancas, preto, roxo, azul, encarnado; as crianças eram sepultadas em hábito sacerdotal ou clerical,
A Paróquia nossa Senhora das Mercês de Cuité é a segunda paróquia mais antiga pertencente à Diocese de Campina Grande, superada apenas pela Catedral de Nossa Senhora da Conceição de Campina Grande de 1779.

A Criação da Paróquia de Nossa Senhora das Mercês se deu em 12 de agosto de 1801, tendo seu primeiro vigário nomeado neste mesmo dia, mês e ano – Pe. Manuel Fernandes Pimenta.

A Matriz de Nossa Senhora das Mercês foi inaugurada em 27 de fevereiro de 1947, portanto completou 70 anos de existência em 2017.

Grupos criados na Paróquia:

A Associação do Apostolado da oração fundada em 1899, pelo Arcebispo Dom Adauto Henriques.

A Irmandade de Nossa Senhora do Desterro, fundada em 1866.
Conferência Vicentina fundada em agosto de 1928.
Cruzada Eucarística fundada em 1928.
Congregação Mariana, fundada em 1951.
Pia União das Filhas de Maria fundada em 31/05/1952.

A casa Paroquial que fica localizada na rua João Pessoa foi construída em 1932 pelo padre Luís Santiago.

A construção da atual casa Paroquia, situada na rua José Caetano Dantas foi iniciada em 03/12/1963 por padre Boleslau, natural da Polônia (permaneceu no Brasil por 20 anos).

 Ele adquiriu um terreno particular pertencente a João Ferreira da Silva localizado na rua 4 de Outubro (atual rua José Caetano Dantas) no valor de trezentos mil cruzeiros, medindo 33 metros de frente. A escritura foi passada no cartório do Srº, Euclides Bezerra, com o saldo da festa da padroeira e ajuda dos paroquianos.

Em 26/10/1966 – Inicia-se na cidade de Cuité os trabalhos para a rede elétrica de Paulo Afonso.

Em 28/12/1966 se deu a inauguração da iluminação elétrica de Paulo Afonso sobre a presença do Exci.ª Governador Dr. João Agripino.
Em 05/01/1967 se deu a instalação da iluminação elétrica de Paulo Afonso na Igreja Matriz e casa Paroquial.

Dia 7/12/1967 – chegaram à Campina Grande dois padres Italianos, Donato e Domingos enviados pelo Comité da Itália, dada a grande falta de clero, a pedido do Sr. Bispo Dom Manoel Pereira da Costa.

Em 26/06/1968 – Chegaram a Barra de Santa Rosa para assistência aos trabalhos pastorais deste município os padres: Donato Rizzi e Domingos Ciavarella. Iniciando abertura de livros para casamento e batizados, por enquanto os padres permanecerão com residência na cidade de Esperança.

Em 31/01/1969 – Inauguração da água saneada na cidade de Cuité. Neste mesmo dia mês e ano também foi inaugurado a lavanderia do Olho d’água.

Chegada de padre Donato Rizzi a Paróquia de Cuité aconteceu em 04/10/1969, sem nenhuma solenidade. E por motivos superiores ficou dando assistência de sexta-feira a segunda-feira. O padre José Rodrigues foi transferido para Campina Grande neste mesmo mês e ano.

Pesquisa: Marié Dantas - Historiadora / Secretaria Paroquial.
Fonte: Arquivo

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